"Tudo o que nós passamos no último ano está resumido no álbum" - Lauri e Aki para Kaaos TV28/5/2021 No último dia 14 de maio, Lauri e Aki foram entrevistados pelo canal KaaosTV no YouTube, onde falaram mais detalhadamente sobre as inspirações para a composição do novo álbum e o lançamento do single Bones. Além disso, eles mencionam os planos para a turnê em 2022 e como a banda se organizou para realizar esse novo trabalho durante a situação difícil da pandemia. Abaixo segue a tradução da entrevista na íntegra, e no final do post está o vídeo ;D Entrevistador - Olá a todos! KaaosTv está hoje aqui no escritório da Supersong music e estamos aqui com Aki e Lauri do The Rasmus. Então, antes de tudo, olá pessoal e bem-vindos ao KaaosTv. Lauri - Obrigado. Bom te ver de novo! Aki - Sim, é bom te ver de novo, já se passaram, talvez, quatro anos? Entrevistador - Não, já se passaram apenas alguns anos, na verdade era 2019 quando nos falamos da última vez. Aki - É bom estar de volta! Entrevistador - Obviamente temos vivido tempos bastante interessantes recentemente, como tem sido esse ano para vocês? Lauri - Sim, tem sido difícil. Você sabe que temos todos esses planos, já havíamos reservado o estúdio em maio do ano passado. Estávamos indo para a Inglaterra para gravar o novo álbum e de repente o corona aconteceu. Na verdade, nosso último show foi na na Cidade do México em março do ano passado. Entrevistador - Logo antes dessa pandemia. Lauri - Sim, todos nós tínhamos planos do tipo, ok, agora vamos nos preparar para o estúdio, vou fazer essa boa produção e tudo mais e então tudo foi encerrado. E aí tivemos que repensar, como diabos vamos fazer isso agora? Nós vamos conseguir? E então decidimos tipo, ok, vamos tentar... vamos tentar trabalhar remotamente porque eu moro no Havaí e Eero, o baixista, mora na Austrália e Aki e Pauli moram na Finlândia. O produtor mora na Inglaterra e a gravadora está na Suécia, então é uma espécie de loucura. Então decidimos, ok, vamos tentar, vamos trabalhar remotamente e só conseguiremos nos ver na tela do celular ou laptop e foi tipo, isso é tão ruim, sabe? Estamos acostumados a ter essa interação na mesma sala e ter uma reação rápida às coisas, toda aquela energia e tudo mais, então, de repente, estamos com uma conexão ruim em um fuso horário diferente e tentando escrever um obra-prima, o que foi realmente difícil. Aki - Sim, acho que você disse que não vamos conseguir fazer isso, não vai ser bom. Ele estava gravando sozinho todos os vocais no Havaí e estávamos esperando o novo material vindo do Lauri. Ele nos enviou os novos vocais e nós meio que o pressionamos a fazer isso. No começo você estava tipo eu não sei, eu não vou fazer isso, é muito difícil ou algo assim, mas de repente ficou mais fácil ou de alguma forma você conseguiu. Lauri - Sim, acho que tomei o remédio certo (risos). Foi difícil e você sabe, quando você tem suas expectativas e tipo, eu recebo energia dos caras que eu conheçe, estando juntos, mesmo que seja só eu quem está cantando os vocais, eu sei que eles estão lá no estúdio ouvindo, mas se eu estou sozinho no Havaí e sei que nesse momento os caras estão dormindo na Europa, então eu me sinto tipo... Foda-se! Agora estou tão sozinho. Você não recebe aquele feedback instantâneo do que você está fazendo, então foi difícil no começo, mas de qualquer maneira, eu acho que nós meio que tentamos fazer disso um tema para o álbum, aquela distância e essa separação, e afinal foi uma coisa bela e emocional de se ter, porque nos conhecemos tão bem depois desses 25 anos tocando juntos, e ainda que seja fácil de manter contato, apesar de todos estarem longe de você, fomos capazes de seguir em frente e todos nós temos vivido em um ano muito difícil, todos nós. Então foi uma boa inspiração para nossa música melancólica. Aki - E também temos sorte de não ser uma banda nova, então nos conhecemos muito bem, o que tornou tudo mais fácil, quero dizer, não consigo imaginar uma nova banda nesta situação, morando em países diferentes, foi fácil para nós. Eu também estava gravando bateria aqui em Helsinque, no Atomic Bomb Studios, com Nina Lauren e o produtor na tela do celular ou notebook o tempo todo, mas eu meio que gostei, considerei um desafio, tocar faixas de bateria realmente boas e mostrá-las para os caras porque eu realmente acho que fiz um ótimo trabalho no estúdio e fiquei muito orgulhoso de mandar pra eles. Esta é a bateria do primeiro single e acho que os caras também gostaram, e também não houveram problemas no estúdio, tudo foi bem confortável e legal, eu fiz minha atmosfera lá como se fosse "dia de bateria", você sabe, eu estava realmente focando nas gravações. Lauri - Sim, eu meio que criei novos hábitos para entrar no clima e captar o sentimento. Eu moro no Havaí, é bem diferente, la é ensolarado e as pessoas falam de surfe e você ouve reggae por toda parte, tem churrascos e festas e... Entrevistador - E aí temos Corona no mundo todo, então é assim, meio misturado. Lauri - Eu sei, mas você sabe, é que não é o meu tipo de cenário. Gosto de estar lá, amo a natureza e tudo mais, mas queria trabalhar. Na verdade, tenho um pequeno espaço de trabalho, tenho um quarto minúsculo que estou alugando e eu ia lá basicamente no meio da noite, então fiz meu alarme tocar às 4:00 da noite, então como ainda é noite e eu ainda estou meio dormindo, vou para meu quarto escuro e começo a tocar neste tipo de "Twilight Zone" para entrar no clima certo, e meio que funcionou para mim, porque se eu apenas for à praia e fizer algo assim, não consigo escrever a música do The Rasmus. Eu tinha que gostar de criar essa atmosfera para mim mesmo. Aki - Mas para ser sincero, eu fiquei um pouco preocupado quando vi seu Instagram de todas as manhãs, tipo 4:00 da manhã, ele estava andando lá fora, eu estava tipo, oh meu Deus o que é que esse cara está fazendo? Fiquei preocupado com isso, ele explicou que tem acordado muito cedo e tem ido trabalhar de manhã. Eu estava tipo ok, isso é estranho, cara estranho, mas sabe? (Risos) Lauri - Uma parte disso foi porque eu conheci um cara que era meu amigo no Havaí e ele gosta de meditação, algo espiritual e ele estava me dizendo que acordava todas as noites às 4:00 para fazer a meditação e então voltava a dormir. É como os monges fazem, sabe? No mosteiro ou algo assim. Eles acordam muito cedo para fazerem algo. E eu pensei, oh, eu tenho que tentar isso e talvez funcione com a minha música ou algo assim, sabe? E realmente funciona. Entrevistador - Você acha que isso se refletiu no álbum de alguma forma? Lauri - Eu acho que sim, muito. E também, tudo é estranho, como no meu espaço de trabalho é nos fundos de uma sala industrial, então eu tinha que andar até lá e é meio assustador e silencioso, com ganchos pendurados no teto, e eu gosto de ir lá no meio da escuridão, sabe, no meio da noite e isso me deixa no clima certo para compor músicas. Entrevistador - Ok, falando sobre trabalhar com o produtor nessa época, foi uma experiência difícil? Ou vocês já conheciam o produtor antes? Aki - Antes de começarmos o processo de gravação, nós o conhecemos. Entrevistador - Ok então isso faz uma grande diferença. Aki - Sim, tínhamos um plano muito bom, como ele (Lauri) disse, fomos à Espanha duas vezes. Primeiro só com a banda e depois na segunda vez levamos o produtor conosco, então o conhecemos muito bem. Nós também íamos à sauna juntos, todos pelados, e nós cozinhamos para ele e ele cozinhou para nós, foi como se fosse uma viagem escolar divertida. Entrevistador - Sim, porque isso significa muito nestes tempos. Realmente conhecer o produtor e ele conhecer suas piadas e suas personalidades, caso contrário, será bem difícil. Aki - Com certeza, mas acho que esse cara odeia nossas piadas em vez de gostar delas (risos). Ele mora no Reino Unido, mas é originário da Dinamarca, então essas piadas escandinavas meio que são parecidas. Entrevistador - Então, falando sobre o próximo álbum, você o escreveu completamente durante essa época do Covid ou foi parcialmente escrito antes de toda essa tempestade chegar? Lauri - Parcialmente escrito antes, quer dizer, às vezes as ideias levam anos para se desenvolver e encontrar sua forma, mas a maioria das coisas foi definitivamente escrita no ano passado, especialmente as letras. Quase tudo foi escrito no ano passado durante esses tempos, então eu acho que pode ser lido muito nas entrelinhas, sabe, esse tipo de sentimento e desespero. Entrevistador - Então você sentiu que foi como se fosse uma sessão de terapia para você? Compondo este álbum, você sentiu uma espécie de fuga da realidade quando estava criando música? Lauri - Sim, definitivamente é importante, pelo menos para mim, não parar, em vez disso fazer coisas neste tipo de situação, porque não podemos ir para a estrada, não podemos fazer shows. Entrevistador - Então você pode facilmente se sentir triste estando em casa. Eu acho que é muito melhor fazer algo criativo do que apenas ficar em casa. Lauri - Sim, eu fiz muitas músicas além de música do The Rasmus, comecei meu canal de bedroom sessions no YouTube, tem sido divertido, eu quero me sentir próximo da experiência de tocar em um show ao vivo e isso é talvez o mais perto que eu posso chegar disso, então eu toco esse tipo de versão ao vivo de músicas que têm sido importantes na minha vida. Entrevistador - Então você pensa nelas muito antes ou é apenas como algo que você simplesmente decide que quer fazer isso e você faz? Lauri - Eu pensei sobre as músicas que eu gostaria de tocar, porque há músicas que são como a trilha sonora da minha vida de certa forma. Mas, eu só vou lá de madrugada e começo a praticar a música. Eu não sou um pianista muito bom ou algo assim, então eu mal consigo terminar a música e eu apenas gravo e depois lanço lá para que você tenha aquele sentimento de fragilidade com aquilo. Entrevistador - O sentimento original do rock. Lauri - Sim, tem sido divertido e também terapêutico fazer isso, são músicas dos Beatles ao Slayer e, claro, as músicas do The Rasmus. Eu fiz várias versões de músicas antigas do The Rasmus, então sim, esse é o meu pequeno hobby. Entrevistador - Então o primeiro single que vocês vão lançar na sexta se chama Bones, mas antes de falarmos sobre isso, vocês já tem um album finalizado, todo pronto ou ainda tem algumas coisas que vocês precisam adicionar? Aki - Bem, nós temos um monte de músicas prontas, mas também estamos trabalhando mais nas músicas agora. Mas eu acho que sim, acho que será concluído em breve. Mas é uma sensação fantástica, sabe, quando temos muitas músicas prontas e decidimos quais músicas vão para o álbum e quais vão estar no álbum. Entrevistador - Uma coisa boa dessa época de corona é que agora você tem tempo para pensar sobre as coisas e se você precisar escrever uma nova letra, no meio da música ou no meio do álbum, você pode fazer isso, mas é claro que também é perigoso. Porque é sempre assim que a gente pensa (em refazer)? Aki - Sim, "vamos fazer isso de novo". Lauri - Isso acontece. Se demorar muito, assim, é bom mas... Entrevistador - Você analisa demais. Lauri - É. E você faz outra coisa. É melhor tentar capturar esse momento e acho que agora estamos superando essa coisa de corona. Pelo menos agora parece estar melhor, então eu acho que tudo o que nós passamos no último ano está resumido no álbum e isto é um capítulo de livro do The Rasmus sabe, e então ir em frente e fazer outra coisa da próxima vez, pra tipo encerrar essa parte. Entrevistador - Então como eu já mencionei, a primeira música que será lançada na sexta se chama Bones, e vocês podem contar um pouco da faixa, é algo que foi finalizado como a primeira música do álbum, ou há algum significado mais forte por trás da faixa? Lauri - Bom, essa música fala sobre karma, e eu mencionei mais cedo que eu conheci um cara que é tipo espiritual e ele me levou a esses tipos de pensamentos, pensamentos profundos sobre karma e todo esse tipo de coisas como busca pessoal e esse tipo de coisa, eu tive muito, talvez muito tempo para entrar nos meus pensamentos no último ano e o karma é uma coisa interessante, eu acredito nisso tanto, tipo, qualquer coisa que você faça na sua vida tem um significado, e se eu olho pra trás na nossa carreira e penso em todas as decisões que tomamos e as coisas e fizemos, tudo teve alguns efeitos em muitas coisas, sabe, na vida de muitas pessoas, como na de muitos dos nossos fãs. Entrevistador - Eu acho que vocês ouvem bastante essas histórias quando estão na estrada. Lauri - Sim, talvez isso vá mais para o lado do destino, mas enfim, apenas pensando nesses pensamentos profundos e karma é um deles, então eu realmente senti que era uma boa combinação com as melodias e essa música veio muito facilmente ,e é sempre um bom sinal, você não precisa se esforçar ou pensar muito, soa praticamente pronta quando nasceu. Aki - E eu acho que foi uma das primeiras faixas que nós terminamos. Entrevistador - Okay, e isso foi te dando uma orientação para onde seguir. Aki - Sim, uma dessas músicas chave como dizemos. Lauri - É difícil escolher o single, eu nunca quero fazer isso. Entrevistador - São todos seus bebês. Lauri - Sim, meus bebês. Entrevistador - Você tem que escolher um. Aki - Você se apaixona por eles por diferentes razões, eu quero dizer, você pode se apaixonar pelo som ou por um pedaço da letra, ou outra coisa, é realmente difícil, e eu acho que como banda nós somos muito ruins escolhendo os singles e eu sempre voto na errada ou algo que eu não sei. Lauri - Sim, eu digo, quando foi hora de escolher por exemplo In The Shadows ou outra coisa, eu não escolhi aquela, eu escolhi outra coisa. Aki - Então, eu votei em Guilty. Lauri - Eu também! Lauri - E eu fiquei tipo ok, eu acho que foi uma boa escolha, sabe, alguém disse “não não caras, essa é A música” então, ok, tanto faz. Entrevistador - Você alguma vez duvidou do que outras pessoas diziam a vocês. Lauri - Bem, é bom ter uma opinião de fora. Aki - Por sorte temos pessoas em quem confiamos sabe, entre nós. Lauri - Sim. Entrevistador - Pessoas que sabem a história toda da banda. Lauri - Sim, da gravadora, temos um cara que estava conosco há 20 anos atrás, mais de 20 anos atrás, então nós confiamos nele completamente com esse tipo de coisa, quando o álbum está pronto é divertido dá-lo a outra pessoa com audição fresca. Entrevistador - Escutar as cegas seu próprio material, então eu acho que essa é uma das razões de ser tão difícil de escolher um single. Lauri - E uma coisa, já não falando do álbum, nós tocamos para muitas pessoas diferentes, muitas pessoas tem favoritos diferentes, então não é somente uma música que todo mundo fala “oh, essa é A música”, e é interessante, eu acho que é um bom sinal, eu espero. Entrevistador - Sim, claro porque se as pessoas têm opiniões diferentes é sempre bom, nunca é bom se todo mundo acha que as mesmas faixas são as melhores. Aki - Muitas bandas focam somente nos singles, eu acho que é uma coisa muito positiva que nós tenhamos uma variedade de músicas e as pessoas escrevam as suas favoritas e isso se espalhou, e isso fez um álbum forte. Entrevistador - O álbum inteiro é forte. Aki - Absolutamente. Lauri - É realmente bom pensar em álbuns, nós somos uma banda à moda antiga nesse sentido, nós gostamos de criar como conceitos e nós temos tudo em volta do mesmo tema quando o álbum sai, é ótimo, funciona e também é uma boa ferramenta pra escrever algo, pois quando você decide “okay, é isso”, como nós tivemos o nome do álbum que eu não vou falar agora, mas nós tivemos isso numa etapa muito cedo, então é bom nós termos todas essas peças e estão começando a se juntar nas nossas mentes, tipo, sobre o que é, e aí você começa a escrever, então começa a ter mais significado. Aki - É bom fazer em frames ou um storyboard para o álbum também, então nós temos um título e daí algumas fotos ali e algumas demos ali, então de repente nós todos vemos claramente e temos a mesma visão e o mesmo objetivo que estamos tentando alcançar. Entrevistador - Então ali há pelo menos um pequeno conceito por trás do álbum. Lauri - Sim, há, mas agora eu acho que nós focamos na primeira faixa e devagar revelamos o álbum no próximo ano quando for a hora de lançar. Entrevistador - Então obviamente, o próximo grande evento, esperamos que para todos nós, será quando vocês irão fazer um show em agosto. Aki - Ainda está no calendário. Entrevistador - Sim, ainda está no calendário, e eu pelo menos estou esperançoso que aconteça afinal, então o quanto vocês estão esperando pra voltar aos palcos de novo e fazer um show. Aki - Bem, eu acho que pelo menos pra mim é o motivo pelo qual eu faço isso, eu realmente amo estar em turnê e tocar nos shows e com esses caras é uma sensação incrível, é algo que você não pode obter em nenhum outro lugar, é simplesmente aquele momento, com todos os erros e todas as coisas divertidas e tudo aquilo, sabe, é simplesmente incrível, eu tenho pensado muito nisso, diariamente, no último ano. Entrevistador - Todos os alienígenas viciados chegando lá e tendo seus picos de adrenalina. Aki - Então, eu aproveito mais do que falando com os jornalistas, e é uma parte da minha vida, grande parte do meu estilo de vida, eu realmente curto, eu sinto falta, pra ser honesto. Lauri - Da última vez nós tocamos no México, mais de um ano atrás foi último show, então eu percebi “Oh meu Deus nós precisamos começar a praticar logo. Aki - Isso é bem verdade. Lauri - Nós assumimos. Aki - Nós estamos nos perguntando ontem “nós devemos ir a sala de ensaios?”. Lauri - Agora é um momento raro, o Eero chega hoje, acho que hoje mais tarde, então nós estamos todos no mesmo país, na verdade foi bem difícil trazer o Eero aqui, ele mora na Austrália. Entrevistador - E eles são muito estritos. Lauri - Eles são super estritos, houveram todas essas cartas de todos explicando porque precisamos dele aqui, eles não liberaram ele facilmente. Aki - Não são somente regras, são leis. Lauri - Então pra mim foi muito fácil do Havaí pra cá, eu só tive que preencher muitos formulários, fazer testes e essas coisas. Eero está vindo esta noite então agora é bem legal nós podemos nos reunir em alguns dias depois que ele sair da quarentena e ficar a par das notícias. Entrevistador - Sim, claro. Então obviamente como nós já mencionamos, se passou um ano, quase um ano e meio desde os ultimo shows propriamente ditos, então se vocês pudessem ver qualquer banda fazendo um show, qual banda vocês gostariam de ver depois dessa pandemia e porque? Aki - Tem algo em mente? Lauri - Nós justamente falamos de Red Hot Chilli Peppers, antes disso, e essa é uma das bandas que nos influenciaram, especialmente no começo, eles parecem sempre se divertir no palco. Entrevistador - Com certeza sim. Lauri - Eu sinto que, qualquer banda, não importa, tipo o Evanescence está fazendo uma grande turnê, eu acho que esse ano. Eu acho que as pessoas estão tão desesperadas pra ver alguns shows, então você não precisa nem ser o maior fã, é somente “eu só vou lá e me divertir nos shows” sabe, quando as portas abrem as pessoas ficam loucas. Entrevistador - Sim claro. E quanto a você (Aki), tem alguma banda em mente? Aki - Bem, Red Hot Chilli Peppers é realmente uma boa escolha porque eles não tem uma faixa de fundo, eles só sentem a música e tocam o que querem, eles improvisam, é muito louco. Entrevistador - 100% rock. Aki - Sim, mas eu estava assistindo alguns clipes do Coldplay, e eu acho que eles realmente sabem como se desenvolver e manter isso, eu digo, eles estão desenvolvendo o seu som, como se diz, um quebra cabeças num padrão, eles realmente criam algo novo todo o tempo, e eu acho que é uma das bandas que eu gostaria de ver, pois como eles tocam “Yellow” que é baseado na banda e como eles mudam um set para quase um set de dj no palco, isso seria realmente interessante de ver, então eu escolheria Coldplay. Entrevistador - Então, antes de encerrarmos eu quero perguntar a vocês um pouco sobre o futuro, como vocês o vêem, tem a próxima primeira turnê propriamente dita, vocês vão fazê-la no próximo ano em outubro. Lauri - Nós divulgamos as datas da turnê, haverão mais datas chegando, em therasmus.com você pode conferir os shows e será uma certa espera, por que será no final de 2022, então é mais de 1 ano esperando até a turnê começar, mas a razão para isso é que nós estamos viajando de um país para o outro basicamente durante toda a noite, então será muito difícil se nós precisarmos de três dias de quarentena entre cada show. Entrevistador - Sim, restrições de fronteiras. Lauri - Isso é basicamente impossível, então nós precisamos esperar até que as coisas melhorem um pouco. Nós temos muitos fãs na América Latina, e infelizmente no momento a situação lá está grave, por exemplo no Brasil, e parece bem ruim, eles estão tendo um momento difícil, eu deixo meus desejos que tudo melhore em breve, mas nós temos que adiar um pouco. Entrevistador - Sim, esperar que esteja seguro para os fãs. Lauri - Sim, porque se nós dissermos que vamos fazer esse ano e tivermos que mudar, não seria justo. Aki - Claro que nós esperamos adicionar muito mais shows, mas vamos ver como as coisas se desenvolvem, eu realmente espero que tudo abra em breve e nós possamos ser livres novamente. Entrevistador - Acho que isso é o que todos nós esperamos. Então muito obrigado pela conversa e desejo o melhor para o futuro. Há algo que vocês gostariam de dizer, as últimas palavras para todos os fãs ao redor do mundo assistindo isso mais tarde? Lauri - Bem, nós sentimos muito a falta de todos vocês, confiram a nova música, Bones, e haverão mais vindo em breve, confiram o Instagram do The Rasmus e therasmus.com, esses são os lugares para shows e tudo mais e todas as informações. Fiquem bem e saudáveis. Aki - Vemos vocês em breve! Tradução: Amanda Benevides e Jacqueline Costa Postado por: Misael Beskow
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"Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. é um velho clássico!" - Lauri para iltalehti.fi14/5/2021 O site iltalehti.fi publicou uma matéria muito legal com o Lauri, onde ele fala um pouco sobre a sua vida em família no Havaí e sobre o processo de gravação do novo álbum durante a pandemia. Abaixo segue a tradução do artigo na íntegra. Créditos ao The Rasmus International pela divulgação da matéria e pela tradução finlandês-inglês! Esta é a vida havaiana cotidiana de Lauri Ylönen com sua amada Katriina e seu filho - ele acorda às quatro da manhã e sai pela porta. Lauri mudou-se para o Havaí há alguns anos. Agora ele fala sobre como é a vida cotidiana em uma ilha paradisíaca e como é fazer música lá. Nas primeiras horas da manhã, a casa está silenciosa. Os outros ainda estão dormindo quando Lauri Ylönen, 42 anos, sai da cama e pula porta afora. A poucos passos de distância há uma sala de trabalho - uma cabine adequadamente sombria - onde ele se senta a uma mesa para criar música. Às vezes, as horas da manhã são produtivas; às vezes ele apenas fica mordendo os lábios. De qualquer maneira, o café é louvadamente consumido. Por volta das onze horas, as obras foram embaladas e a porta se fecha atrás do artista. É hora de andar de skate com o filho Oliver, de três anos. A vida havaiana é pacífica, voltada para a família e animada. Afinal, o local é o berço da famosa sabedoria Huna. Vida paradisíaca A ilha natal de O’ahu vibra com uma atmosfera relaxante da vida na ilha. Ylönen se apaixonou pelo Havaí depois de visitá-lo pela primeira vez há 14 anos. Naquela época, era sobre mochilar com um cara. No próximo verão, fará dois anos da mudança para o paraíso. Antes disso, Lauri Ylönen vendeu uma luxuosa casa em Sipoo por 2,2 milhões de euros, onde originalmente deveria morar com sua amada Katriina. O casal viajou há três anos em férias para O’ahu - isso deu origem a uma mudança completa e espontânea na vida deles. - "Pensamos que poderíamos morar lá. Arrumamos nossas coisas e partimos. Esta é uma aventura - não tenho explicação melhor!" Lauri Ylönen comprou uma casa para a família em uma torre na praia. A casa fica em uma área moderna e em crescimento, a uma distância conveniente do centro turístico. - "É mais agradável do que Los Angeles. O Havaí tem muitas famílias fazendo churrasco, tocando reggae e pessoas surfando. Se falamos sobre o clima em Los Angeles, falamos sobre o clima do surf no Havaí", compara Lauri, que morava na Califórnia há algum tempo. A natureza é robusta e bela - já foram feitas longas caminhadas até a praia e a orla das crateras. Há um sorriso na voz do músico. Ao mesmo tempo, entretanto, ele admite que tem sido difícil entrar em sintonia com um estado de espírito criativo na pressão cruzada da vida com uma criança pequena e o ano com o coronavírus. - "É por isso que esse escritório escuro é importante para mim. Se você trocar fraldas e tentar fazer algo para um futuro clássico, então não é fácil", ele aponta. - "O Havaí também é muito longe, do outro lado do mundo em relação à Finlândia, e com seu surfe não é inteiramente um cenário para nós. Tem sido difícil encontrar uma alma gêmea e eu sinto falta dos companheiros de banda". O poder da música Os biorritmos de Lauri Ylönen no ano do coronavírus estavam completamente confusos. Quando o álbum começou a ser feito remotamente, foi demais para um homem com um vínculo tão antigo. Afinal, é uma forma especial de fazer música, já que os membros da banda estão em três continentes diferentes. - "Tem sido muito pesado mentalmente quando tudo é incerto", o músico descreve seus sentimentos. - "Eu rapidamente percebi que não vale a pena começar a chorar. Encontramos um software por meio do qual podemos fazer música de diferentes fusos horários ao mesmo tempo", diz Ylönen. The Rasmus está se preparando para o seu 10º álbum de estúdio, a ser lançado no próximo ano. O primeiro single após um hiato de quatro anos se chama Bones, e fala sobre aprender com o Karma. O tema sempre esteve na mente de Ylönen durante o ano passado. - "Tenho pensado no que conquistei na vida e como isso afetou as pessoas ao meu redor. Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. É um velho clássico!", pondera Lauri Ylönen. Ele diz que pensou muito sobre seus pais aposentados e a selvagem passagem do tempo. - "Sinto como se estivesse olhando para o meu pai tempos atrás, quando ele fez 40 anos, e me perguntando se ele era um cara velho. Aqui estou eu na mesma situação!" - "Meu pai é uma pessoa extremamente positiva. Muitas vezes me perguntei se ainda teria pelo menos metade dessa alegria quando chegasse nos meus setenta anos. Mesmo que tudo acabe hoje, ficaria muito grato por isso". Um alívio para o momento tem sido fazer canções para o canal do Youtube chamado Bedroom Sessions, de sucessos do The Rasmus a vários covers. Verão na Finlândia O tempo mais maravilhoso foi passado com a família no Havaí. - "Ando de skate todos os dias com meu filho Oliver, ele puxa um kickboard e eu puxo um skate atrás dele. Todas as noites vamos assistir ao pôr do sol na praia". Também fez Ylönen pensar sobre seus valores na vida. - "No Havaí, a família desempenha um papel maior. Vamos ficar mais juntos. Satisfeito com menos popularidade e menor nível de renda, mas estando com a família. Tem sido instrutivo o que é mais importante nesta vida. É sobre se você pesa milhões em uma conta ou se passa tempo com sua família". No entanto, ele teve que se despedir de seus familiares por um tempo. As praias e palmeiras do Havaí agora deram lugar para a agitação de Helsinki. Lauri Ylönen diz que veio para a Finlândia no verão para fazer música. Ao mesmo tempo, ele se aproxima do filho Julius, de 13 anos. - "Vim em viagem de negócios, mas procuro ver meu filho Julius o máximo possível. Por causa do coronavírus, tivemos que nos separar por muito tempo. Foi uma coisa terrivelmente pesada. Agora é maravilhoso poder passar algum tempo com ele", planeja Lauri. Tradução e postagem: Misael Beskow
Ontem, Lauri foi entrevistado no programa "Puoli seitsemän" da YLE Areena, na Finlândia, como parte da divulgação do novo single Bones. Abaixo segue a tradução de um dos trechos abordados na entrevista, com algumas curiosidades sobre a vida de Lauri no Havaí. Créditos ao The Rasmus Support Mexico pelas informações!
Lauri Ylönen, o personagem principal do The Rasmus, disse que tomou muitas decisões repentinas em sua vida. Assim como a mudança de paisagem no meio do Oceano Pacífico. Ele se mudou para o Havaí com sua esposa Katriina e seu filho Oliver há três anos, e acha que a decisão foi muito bem sucedida. - "A ilha tem sua própria atmosfera. Pode soar clichê, mas realmente há reggae e ukulele, as famílias gostam de fazer churrasco nos parques, e lógico, surfar ali", disse ele no programa Puoli seitsemän. Quase em todas as partes do mundo já é possível encontrar algum tipo de comunidade finlandesa. Quando está longe, os compatriotas desconhecidos se tornam surpreendentemente importantes. Segundo Lauri, algumas centenas de finlandeses também moram no Havaí. - "Era o mesmo quando morávamos na Califórnia, e muito rapidamente nos convidaram para eventos conjuntos com a ajuda do Facebook - Hey, vamos, estamos fazendo bolos da Carélia (uma região Russa)". A "panelinha" finlandesa também celebrou o Dia da Independência e o Natal no Havaí, e os amigos estadunidenses se encantaram com a delicada e triste canção Varpunen (Pardal, em português) na manhã de natal. - "Perguntaram porque somos tão conversadores, mas eles simplesmente não se dão conta da história", Lauri sorriu. E o que seria dos eventos finlandeses sem pão de centeio? - "Não faz muito tempo, pedimos um grupo de pão de centeio finlandês e doces finlandeses em uma loja online, porque a Finlândia tem os melhores doces. O pedido pesava 28 libras (aproximadamente 12 quilos) quando chegou". - "Se não houver pão de centeio no congelador, vai ser desconfortável". Abaixo está o vídeo da entrevista na íntegra (disponível também no site da YLE): Tradução: Jacqueline Costa Postado por: Misael Beskow Hey, soldiers! Como vocês estão? Hoje recebemos a newsletter de maio do The Rasmus, onde a banda faz alguns anúncios. O primeiro é sobre a live de sexta-feira, 14/05/2021, quando eles também irão lançar o novo single, Bones, e também a agenda de shows para 2022. Para vocês não ficarem de fora dessas novidades nós trouxemos uma tradução, na integra, abaixo. Confiram! Newsletter de maio |
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