No final de fevereiro, o The Rasmus foi coroado o vencedor do concurso Uuden Musiikin Kilpailu (UMK), e com isso a banda foi escolhida para representar a Finlândia no festival Eurovision, em Turim, em maio! Abaixo segue um resumo traduzido das principais informações sobre isso que saíram na mídia no mês de março e de como a banda está se preparando para o Eurovision ;D
Logo após vencer o UMK, a banda agradeceu ao público finlandês pela vitória:
"Conseguimos! Estamos muito felizes. Foi uma competição super difícil, todas as outras músicas foram muito boas", disse o Lauri. "Estávamos nos preparando muito para isso por seis meses. Estamos realmente emocionados e honrados e vamos trabalhar como loucos para representar a Finlândia da melhor maneira em Turim". "Nós sentamos naquela mesa na sala verde, e a banda estava prestes a desmoronar sob aquela pressão psicológica", lembrou o Eero. "Foi bastante tenso", acrescentou a Emppu. "Gostaríamos de enviar um grande balde de amor e gratidão a todos na Finlândia que votaram. Muito obrigado!", disse o Aki. "Isso é simplesmente incrível", disse Lars Tengroth, A&R da banda na Playground Music. "Nós assinamos com a banda logo quando nossa gravadora começou em 1999, e agora temos nossa primeira entrada no Eurovision juntos. Estou muito feliz pela banda e os amo com todo o meu coração. Eles merecem totalmente essa vitória depois de muito trabalho duro, não é que de repente eles tiveram sorte. Isso realmente mostra que persistência mais talento é igual a sorte!"
No dia seguinte à final, o quarteto disse que já haviam se recuperado da festa da vitória que durou até às 5 da manhã. A noite foi bem agitada junto com familiares e os campeões do UMK do ano passado, a banda Blind Channel:
"Após a final, nos abraçamos com nossos concorrentes e sentimos o quão incríveis eram todos os artistas. Depois da festa de manhã, fui ao meu quarto de hotel para fazer uma música nova, quando a inspiração estava no auge", disse o Lauri com energia. "Trabalhamos nisso todos os dias por meio ano, então a única ideia era que tínhamos que vencer", resumiu a banda. Lauri seguiu para Nashville pelo resto da semana, onde a composição continuou com o músico Desmond Child. Apesar do The Rasmus ter obtido uma vitória clara em termos de votos do público e do júri internacional, alguns telespectadores acharam injusto em decorrência da banda já ter conquistando amplamente uma grande base de fãs. Eles, no entanto, ficaram surpresos com as críticas: "Não ganhamos apenas com os pontos do júri internacional, seria uma outra coisa. Tivemos também o apoio do público finlandês. Foi uma votação e claramente fomos eleitos pelos telespectadores, o que é uma grande honra para nós", comentou a banda. "Devemos também lembrar que não estivemos na Finlândia nos últimos anos". O quarteto garantiu que não considerou a vitória como certa. Segundo eles, até a posição de favoritos é pesada e enganosa, e não teria sido possível deixá-los mais tranquilos: "Qualquer um poderia ter vencido. A competição foi muito dura", observou o grupo. "Nossa banda está em processo de renascimento. Este foi um momento tão importante para nós, tanto para a banda como pessoalmente", Lauri sublinhou.
Antes da hora H, a tensão era evidente nos ensaios gerais:
"Teria sido assustador se não tivesse funcionado. Eu estava meio infeliz nos ensaios, as baquetas não paravam nas minhas mãos e o Lauri não se acertava com o microfone. Foi no show ao vivo que ganhamos vida", Aki continuou. Os membros da banda ficaram sensibilizados após a final, até porque o UMK foi um fator determinante no destino da banda. Eles, que estão na estrada há quase três décadas, achavam que haviam chegado ao fim da linha no ano passado. A direção estava faltando, e a banda estava caindo aos pedaços: "Pode ser descrito como o caos. Nosso guitarrista saiu e então fomos golpeados pelo Coronavírus. Tivemos que começar a pensar em planos de contingência para a vida e considerar seriamente se ainda havia espaço para o The Rasmus", disse a banda em conjunto. Sobre a saída do Pauli da banda, eles contaram que a partida dele já estava no ar há muito tempo: "É uma sensação assustadora quando parece que a banda está ficando fora de controle ou que não há mais espírito de equipe. Isso foi um trunfo importante para a banda. Sempre foi legal e bom estar na banda, mas isso começou a mudar. E em seguida veio a pandemia. A banda estava em um ponto de separação quando Pauli saiu", Lauri disse. Lauri contou ainda que nadou pessoalmente em águas profundas: "Minha esposa teve quatro abortos espontâneos e, em nossa casa no Havaí, a vida ficou horrível. No Havaí, com a pandemia, a polícia monitorou com toque de recolher e tudo foi fechado. Eu estava com medo por mim e minha família", disse o Lauri, que mora em Honolulu. "Eu estava num ponto de ruptura, e então a banda, que é tudo para mim, o trabalho da minha vida, estava desmoronando também", ele continuou. O futuro parecia sombrio. Viver com membros da banda ao redor do mundo não aliviou a situação. Esse cenário durou quase meio ano até que a conjuntura mudou. Lauri teve a ideia para a música Jezebel e contatou Desmond Child. O ponto de virada veio quando a banda ganhou um novo objetivo com o UMK e com a chegada da nova guitarrista, Emppu. "Tive que ir até o fundo do poço para me reerguer", disse o Lauri. "Agora parece que estamos intactos como banda, nós quatro. Estamos em sintonia, nos sentimos leves, e agora estamos apenas deixando rolar", ele acrescentou. Emppu trouxe um novo poder para a banda. A apresentação no UMK foi o primeiro show da guitarrista no The Rasmus: "Foi muito legal entrar na banda no outono passado, e esses caras tiveram uma visão clara imediatamente. Foi ótimo me lançar nesta jornada", descreveu Emppu. Lauri mora no Havaí com sua esposa Katriina e um casal de filhos, Oliver, de 4 anos, e Ever, que tem alguns meses. Eero vive na Austrália com sua esposa e suas filhas adolescentes. As famílias chegaram à Finlândia para incentivá-los nas finais do UMK, mas fora isso os músicos às vezes têm que aguentar a saudade: "Nós sempre nos reunimos na Finlândia com a banda para ensaiar e tocar, e agora vamos passar um tempo aqui ensaiando", disse o Lauri.
Em alguns meses, a banda subirá ao palco em Turim, na Itália, diante de 200 milhões de telespectadores. No ano passado, a banda Blind Channel ficou em sexto lugar no Eurovision Song Contest, colocando a barra lá em cima. O The Rasmus ressaltou que não têm em mente a colocação do ano passado:
"Nós competimos na arte, quando se trata de gosto. O Eurovision Song Contest é também uma celebração onde diferentes povos se juntam para desfrutar de música. Temos uma boa música da qual nos orgulhamos e queremos mostrá-la ao mundo inteiro", resumiu o Eero. "Já temos uma base de fãs na Europa que tem esperado febrilmente a nossa turnê para nos ver. Agora esperamos pelo apoio deles", disse o Lauri. Os preparativos para o Eurovision começaram já na segunda-feira pós-UMK e, segundo o quarteto, o espetáculo será desenvolvido por profissionais. A performance com a animação é tecnicamente desafiadora e, para o Lauri, o momento mais crítico é arrancar o casaco amarelo no momento certo: "O casaco que o Lauri teve que se livrar com um golpe certeiro produziu o maior número de gotas de suor. Tive que rir dele e gritar enquanto ensaiava com ele uma e outra vez", Aki riu. Do Blind Channel, a banda recebeu uma dica concisa para a apresentação no Eurovision: "Treine ao máximo". Com essa mentalidade, o The Rasmus se prepara para a nova competição. O objetivo é cristalino: "Mesmo antes da final do UMK, o objetivo era claro: vencer o Eurovision Song Contest", Lauri disse. "Faremos um show ainda melhor na Itália e mostraremos do que somos capazes", Aki acrescentou. "Estamos muito orgulhosos de levar a grande bandeira finlandesa para a Itália!", completou o Lauri. Por fim, o The Rasmus disse que, embora sejam agora os representantes da Finlândia no Eurovision, eles representam a Finlândia no mundo à sua maneira há vinte anos. Eles falaram sobre a Finlândia em entrevistas e levaram a imagem da Finlândia para o mundo todo: "Este é um grande país, há grandes pessoas aqui. Vamos manter a mesma linha", disse o Aki.
E mesmo com a emoção da vitória, a banda não foi indiferente às notícias terríveis sobre a guerra na Ucrânia, que começou apenas dois dias antes da final do UMK.
A banda inclusive precisou cancelar os shows que estavam previstos para acontecer na Rússia e na Ucrânia no final do ano. Em uma coletiva de imprensa, eles foram questionados sobre como se sentem em participar do Eurovision depois que a Rússia invadiu a Ucrânia e foi banida da competição: "Esta é uma questão importante e estamos constantemente pensando sobre isso. É realmente chocante e angustiante, e tem sido uma situação muito emotiva", comentou o Eero. "O que está acontecendo parece muito errado. Eu assisti ao noticiário na TV no meu quarto de hotel e quase chorei. Parecia forçado e errado ir aos ensaios do UMK depois disso. Foi como estar em uma montanha-russa emocional", compartilhou o Lauri de forma emocionada. Lauri confessou estar confuso sobre ganhar um concurso quando o mundo está atravessando um momento tão assustador: "O Eurovision tem um carimbo positivo que chega a esta situação mundial no momento certo. Talvez seja disso que precisemos agora. Afinal, o Eurovision foi fundado após a Segunda Guerra Mundial para unir as nações através da música", ele declarou. "E nessa situação toda, você deve fazer suas próprias coisas da melhor maneira possível e colocar todo o seu coração nisso. Então o mundo pode ficar um pouco melhor", Eero resumiu. O Eurovision Song Contest será realizado em Turim, na Itália, de 10 a 14 de maio de 2022. A Finlândia competirá com Jezebel na segunda semifinal no dia 12 de maio, onde o The Rasmus será o primeiro a se apresentar. Além disso, a banda participará de dois eventos promocionais prévios ao festival: o Eurovision In Concert, que ocorrerá no dia 09 de abril em Amsterdam, na Holanda; e o Pre Party ES 2022, promovido pelo site Eurovision Spain, que acontecerá no dia 16 de abril em Madri, na Espanha. Abaixo vocês podem conferir mais de 70 fotos em HQ da final do UMK, disponíveis em um álbum na nossa página no Facebook: Fontes: Newsletter do The Rasmus, Ilta-Sanomat (1), Ilta-Sanomat (2), Iltalehti (1), Iltalehti (2), Verikuu, YLE e Itä-Häme Tradução e postagem: Misael Beskow
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The Rasmus para Iltalehti: “Queremos ganhar o Eurovision e conquistar a vitória para os finlandeses”7/2/2022 Na última terça-feira (01/02), o site da Iltalehti divulgou um artigo com o The Rasmus onde a banda fala um pouco sobre a crise com o início da pandemia e como eles lidaram com o choque após a saída do Pauli. Além disso, mencionam a entrada da Emppu na banda e a candidatura de Jezebel no UMK como oportunidades para a banda seguir em frente. Abaixo segue a tradução do artigo na íntegra! ;D A saída do guitarrista e a pandemia do coronavírus levaram o The Rasmus à beira do abismo, então Lauri Ylönen teve uma ideia imortal A banda de rock The Rasmus, que sobreviveu à crise, quer trazer à Finlândia sua segunda vitória no Eurovision. Ao longo de seus quase 30 anos de história, o The Rasmus experimentou uma explosão e um declínio em popularidade. Quando a pandemia de coronavírus atingiu o mundo em 2020, uma crise real se seguiu. - "Eu estava muito deprimido, não conseguia nem falar com os outros membros da banda ao telefone quando as palavras não saíam da minha boca", lembra o cantor Lauri Ylönen. - "Estou me perguntando como posso sustentar minha família se não fizer turnê. Muitas coisas pareciam tremer ao meu redor". Houve uma surpresa ainda maior quando o guitarrista de longa data da banda, Pauli Rantasalmi, anunciou sua demissão da banda. - "Foi uma notícia tão triste porque nos conhecemos e somos próximos há tanto tempo. Estamos trabalhando em um sonho comum há muito tempo, então sem dúvida isso significa que não estamos mais juntos. Primeiro tivemos que lidar com o choque", diz o baixista Eero Heinonen. - "No entanto, ficou claro para o resto de nós que queremos continuar", diz o baterista Aki Hakala. Então, a busca por um novo membro para a boy band estava em andamento. É certo que já não podemos mais falar sobre o The Rasmus como uma "boy band". Os músicos já têm mais de 40 anos e cada um começou sua própria família. Ao sair para uma turnê, deixar seus filhos e cônjuges em casa é sempre um lugar difícil. - "É duro. Para mim, tenho que ser grato por ter uma cônjuge que entende o que é preciso para estar em uma banda", responde Eero. Em meio a momentos sombrios, a ideia de que agora a banda teria que mudar os planos e fazer algo completamente novo surgiu na mente de Lauri. Bem-vinda, Emppu! A especulação feroz começou a circular nas mídias sociais quando a Yle publicou em janeiro dicas de artistas buscando uma posição como representantes da Finlândia no Eurovision. "Poderia realmente ser o The Rasmus?", as pessoas nos fóruns estavam discutindo febrilmente. E sim, foi isso. As surpresas não pararam por aí, pois a banda apresentou sua nova guitarrista, Emilia "Emppu" Suhonen, conhecida da girl band Tiktak. A banda pediu a Suhonen para ensaiar. Foram duas músicas, In The Shadows, que levou o The Rasmus ao cenário musical internacional em 2003, e Immortal. - "Eu tive uma sensação muito boa a partir daquele momento, porque nos demos muito bem", diz Emppu. - "Emppu foi a primeira e última na fila que pedimos para uma chamada de teste", diz Aki diretamente. - "Uma peça do quebra-cabeça na minha forma se encaixa nesse grande quadro geral", descreve Emppu. Os membros da banda não conheciam a guitarrista antes, mas as mães de Lauri e Emppu se conhecem. - "Estive na cerimônia de crisma do Lauri no passado, porque meu primo foi tirado dela na época", revela Emppu. Para algumas pessoas, a maior confusão foi, mais do que a participação no UMK, que o The Rasmus ainda está em plena força de corpo e alma. - "Nos tempos que pareciam tranquilos aos olhos dos finlandeses, nós trabalhamos no exterior durante esse tempo", reflete Eero. - "Agora esperamos poder fazer uma turnê na Finlândia adequadamente", acrescenta Lauri. Em direção a Turim A faixa da competição, Jezebel, soa como o estilo tradicional do The Rasmus desde a primeira nota até a rima. Desmond Child, um produtor de classe mundial, produziu uma música sobre a "garota má" da Bíblia, ou Jezebel. Ele produziu músicas para Alice Cooper, bem como para Ricky Martin, e agora, é claro, para The Rasmus. Até o manto de pré-favorito é colocado nos ombros da banda, mas não é leve de usar. - "Claro que há pressão, e é horrível. Não gostaríamos de pensar nisso. Esta é uma corrida e tudo pode acontecer aqui", Lauri resume seus pensamentos para as próximas finais.
- "Mesmo que cheguemos aqui com um brilho nos olhos, levamos a sério essa competição", garante Aki. A banda de longa data foi à beira do abismo, mas agora há um único objetivo pela frente. - "Queremos ganhar o Eurovision Song Contest e conquistar a vitória para os finlandeses", diz Lauri. Fonte: Iltalehti Tradução e postagem: Misael Beskow O site mexicano sopitas.com publicou anteontem uma matéria com Lauri, aproveitando a estreia do novo single Bones, onde ele contou um pouco sobre os planos da banda, o caminho de composição do próximo álbum e a sua carreira em geral. Abaixo segue a tradução do artigo na íntegra! 2021 não tem sido o ano de todos, mas felizmente não nos tem faltado música. Ao longo de todos esses meses, muitas bandas anunciaram seu retorno triunfante com shows programados para o futuro e principalmente com planos de lançamento de novos álbuns. No entanto, há quem surpreenda ao revelar que voltam depois de muito tempo sem lançar novas canções recém saídas do forno, como é o caso do The Rasmus. Como devem se lembrar, em 2017 a banda finlandesa lançou seu nono álbum, Dark Matters. Com este álbum eles saíram em turnê por grande parte do mundo e até visitaram nosso país um ano depois fazendo shows em Monterrey, Guadalajara e Cidade do México. Mas desde então, seu futuro - pelo menos para um próximo álbum - estava em espera, pois eles não davam sinais de vida, muito menos que estavam em estúdio. The Rasmus está de volta com uma nova música Para a surpresa de todos, no dia 14 de maio, o The Rasmus nos deixou surpresos ao estrear uma música chamada “Bones”. Com esta canção, um tanto dark e condizente com a época em que vivemos desde 2020, eles marcaram seu retorno triunfante, mas ainda assim o futuro do grupo e tudo o que farão ficou em suspenso por muito tempo. Mas não se preocupem, nós nos encarregamos de esclarecer muitas de suas dúvidas. É por isso que aproveitando o lançamento de seu novo single, tivemos a chance de conversar com o vocalista e frontman da banda finlandesa, Lauri Ylönen, que nos contou como foi voltar ao estúdio para gravar uma música, os planos que têm para este ano de lançar um novo álbum, a última apresentação que fizeram antes da pandemia no Vive Latino 2020 e, em geral, um balanço ao longo de sua enorme carreira de mais de 20 anos. O caminho para compor novas músicas Como mencionamos antes, já se passaram quase quatro anos desde que o The Rasmus nos apresentou seu nono álbum de estúdio, Dark Matters, e desde então seus fãs estavam esperando que eles lançassem novas músicas. Depois de muita incerteza, o que eles pediram foi finalmente atendido, mas desde o início não foi um processo fácil para a banda, pois eles tiveram que passar por muitas coisas para compor juntos novamente. “Fizemos uma turnê muito longa, tocamos muitas vezes até antes e depois de lançar um novo álbum, demos a volta ao mundo em algumas ocasiões. Então terminamos a turnê em março, que foi no show da Cidade do México e foi um grande festival, por falar nisso. Tivemos muito tempo e geralmente quando terminamos uma turnê ou enquanto estamos nela começamos a compor novas músicas e desta vez não foi uma exceção, eu escrevi muitas músicas nos últimos três anos para este álbum. Nós sempre tentamos fazer álbuns com músicas que achamos boas, não somos uma banda que diz 'ok, nós temos uma música legal' mas no fundo juntam tudo com puro lixo e lançam. Passamos muito tempo escrevendo o melhor possível. Eu acho que é importante se você tem uma carreira muito longa e para uma banda como a nossa, trabalhar um pouco como antigamente, quero dizer, a maneira de fazer discos e criar esses conceitos. É importante que os fãs tenham um ótimo álbum, a música é o mais importante e você não deve apressá-la”. The Rasmus e a curiosa história dos vírus que viveram no México O último show que o The Rasmus deu quando o coronavírus se tornou uma pandemia foi na Cidade do México, como parte da programação do Vive Latino 2020. Naquela época, eles não entendiam muito bem o que estava acontecendo e decidiram continuar com sua apresentação, mas o mais curioso é que não é a primeira vez que um vírus os pega em nosso país. Chame isso de coincidência ou não, eles passaram por momentos difíceis aqui. “Esse golpe foi estranho, porque a pandemia ainda não havia começado como tal. Na Europa muitos artistas pararam e disseram 'ok, talvez essa não seja a melhor ideia'. Na verdade, no Vive Latino estávamos nos bastidores dividindo o camarim com The Cardigans e, conversando, eles nos disseram que achavam que deveriam ir para casa no dia seguinte, mas disseram 'não sabemos se podemos voar ou se eles fecharam as fronteiras'. O sentimento era triste e foi um momento terrível porque a COVID começou a ser um problema sério e estávamos prestes a cancelar porque os casos haviam aumentado no México. Mas quando subimos no palco esquecemos tudo, eles foram um grande público e foi uma noite excelente para nós, nós realmente gostamos. Uma coisa semelhante aconteceu conosco anos antes. Tocamos no Auditório Nacional, tínhamos um show agendado e duas horas antes, já tínhamos feito a passagem de som e recebemos a notícia de que tinha um vírus maldito nas ruas (referindo-se ao H1N1 em 2009) e tudo foi cancelado. Não sei por que isso sempre acontece conosco no México, talvez sejamos nós”. Voltar com uma música sombria mas esperançosa Depois de encerrar abruptamente sua turnê no México, o The Rasmus tomou o máximo de tempo possível para compor novas canções. E a prévia de todo o trabalho que eles fizeram nesses meses foi “Bones”, uma música com uma vibe dark e que quando prestamos atenção na letra e na música percebemos que parece perfeita para tudo que passamos no último ano. Isso foi o que Lauri nos contou a respeito. “É inspirada por essa situação (a pandemia) de uma forma que, não foca tanto no coronavírus, mas quando tudo começou a fechar e todos estavam trancados em casa, passei muito tempo com meus próprios pensamentos. Repassei toda a minha vida e percebi que às vezes nadei em um mar de incertezas e pensei em coisas como destino, o carma, tudo que fiz nesta vida e o efeito que teve em muitas pessoas. Eu acredito em carma. Tudo o que faço tem influenciado outras pessoas e para mim é muito interessante pensar sobre esse tipo de coisa. Essa se tornou a ideia principal da música, comecei a imaginar o carma em diferentes situações. Não é apenas uma história, é como diferentes perspectivas da minha vida que talvez tenham acontecido comigo ou com pessoas próximas ao meu círculo. É importante reconhecer que o que você faz tem um efeito no mundo e ter isso em mente”. O que a banda pensa da música que temos hoje em dia? The Rasmus é uma das poucas bandas que podem dizer que ainda está viva depois de tantos anos na indústria da música. Apesar do fato de que graças a “In The Shadows” eles alcançaram fama mundial, com o passar do tempo e dos discos eles provaram ser mais do que um grupo “one hit wonder”. Eles viram todos os tipos de mudanças, desde a maneira como consumimos música até os gêneros que são ouvidos agora, mas o que Lauri acha do rock atual? “Acho que se presta a muitas interpretações. Quando começamos, o mundo era um pouco diferente, tinha um gosto diferente, o rock era diferente e até o pop era completamente diferente. Tudo muda constantemente e eu acho que faz parte da vida, é importante analisar diferentes tipos de música porque além do rock eu ouço coisas do eletrônico ao indie e pop. É interessante que as novas gerações tenham ideias novas que talvez se combinem com outras coisas além da música e é exatamente como deveria ser. Estou feliz por fazer parte dessa jornada, sabe? Aproveitar todas essas mudanças em vez de se assustar com elas. Na verdade, na Finlândia temos este concurso Eurovision e houve uma banda finalista chamada Blind Channel que se saiu muito bem durante a competição, e eles me fizeram sentir muito orgulhoso da Finlândia novamente, porque temos essas novas bandas legais em nosso país e de alguma forma eles estão redefinindo a cena do rock globalmente". “Tenho um canal no YouTube chamado 'Bedroom Sessions', onde faço covers de músicas que me influenciaram ou foram importantes na minha vida e, na verdade, duas horas atrás enviei um vídeo tocando uma música do Blind Channel e pedi para os caras tocarem comigo. Queria mostrar meu respeito por eles como banda porque eles tocam há muito tempo, então não é um sucesso imediato, nada vem de graça. Tenho orgulho dos meus meninos”. A maior satisfação de estar no The Rasmus Foram quatro anos intensos em que o The Rasmus não parou de tocar em todo o mundo e de compor sempre que teve a oportunidade. Claro que eles não são as mesmas pessoas e músicos que eram quando começaram neste negócio. Por isso o vocalista da banda finlandesa refletiu um pouco sobre tudo o que aprendeu ao longo dos anos e foi isso que ele respondeu a respeito. “Eu vejo como um todo, não são só os shows que fizemos ou a jornada que fizemos e tampouco a parte criativa, está tudo incluído, até as entrevistas; devo confessar que não gosto muito delas, sinto muito. Mas apesar disso acho que conversar com você e outras pessoas organiza minhas ideias e minha mente, não sou uma pessoa que goste de conversar tanto como estamos fazendo no momento, embora ter esse contato me faça bem porque me sinto conectado e consciente. Eu sou grato por viver esse tipo de vida, que de alguma forma rebelde eu fui capaz de largar a escola e simplesmente decidir tocar em uma banda. Corri esse risco e paguei, mas como disse antes, nada vem de graça. Têm sido tempos muito complicados, ganhamos e perdemos juntos como banda, mas os dois momentos são importantes e fazem parte da jornada. Eu o vejo como o emprego dos meus sonhos ou como você quiser chamá-lo, espero continuar nisso por muitos anos. Não quero desistir”. "Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. é um velho clássico!" - Lauri para iltalehti.fi14/5/2021 O site iltalehti.fi publicou uma matéria muito legal com o Lauri, onde ele fala um pouco sobre a sua vida em família no Havaí e sobre o processo de gravação do novo álbum durante a pandemia. Abaixo segue a tradução do artigo na íntegra. Créditos ao The Rasmus International pela divulgação da matéria e pela tradução finlandês-inglês! Esta é a vida havaiana cotidiana de Lauri Ylönen com sua amada Katriina e seu filho - ele acorda às quatro da manhã e sai pela porta. Lauri mudou-se para o Havaí há alguns anos. Agora ele fala sobre como é a vida cotidiana em uma ilha paradisíaca e como é fazer música lá. Nas primeiras horas da manhã, a casa está silenciosa. Os outros ainda estão dormindo quando Lauri Ylönen, 42 anos, sai da cama e pula porta afora. A poucos passos de distância há uma sala de trabalho - uma cabine adequadamente sombria - onde ele se senta a uma mesa para criar música. Às vezes, as horas da manhã são produtivas; às vezes ele apenas fica mordendo os lábios. De qualquer maneira, o café é louvadamente consumido. Por volta das onze horas, as obras foram embaladas e a porta se fecha atrás do artista. É hora de andar de skate com o filho Oliver, de três anos. A vida havaiana é pacífica, voltada para a família e animada. Afinal, o local é o berço da famosa sabedoria Huna. Vida paradisíaca A ilha natal de O’ahu vibra com uma atmosfera relaxante da vida na ilha. Ylönen se apaixonou pelo Havaí depois de visitá-lo pela primeira vez há 14 anos. Naquela época, era sobre mochilar com um cara. No próximo verão, fará dois anos da mudança para o paraíso. Antes disso, Lauri Ylönen vendeu uma luxuosa casa em Sipoo por 2,2 milhões de euros, onde originalmente deveria morar com sua amada Katriina. O casal viajou há três anos em férias para O’ahu - isso deu origem a uma mudança completa e espontânea na vida deles. - "Pensamos que poderíamos morar lá. Arrumamos nossas coisas e partimos. Esta é uma aventura - não tenho explicação melhor!" Lauri Ylönen comprou uma casa para a família em uma torre na praia. A casa fica em uma área moderna e em crescimento, a uma distância conveniente do centro turístico. - "É mais agradável do que Los Angeles. O Havaí tem muitas famílias fazendo churrasco, tocando reggae e pessoas surfando. Se falamos sobre o clima em Los Angeles, falamos sobre o clima do surf no Havaí", compara Lauri, que morava na Califórnia há algum tempo. A natureza é robusta e bela - já foram feitas longas caminhadas até a praia e a orla das crateras. Há um sorriso na voz do músico. Ao mesmo tempo, entretanto, ele admite que tem sido difícil entrar em sintonia com um estado de espírito criativo na pressão cruzada da vida com uma criança pequena e o ano com o coronavírus. - "É por isso que esse escritório escuro é importante para mim. Se você trocar fraldas e tentar fazer algo para um futuro clássico, então não é fácil", ele aponta. - "O Havaí também é muito longe, do outro lado do mundo em relação à Finlândia, e com seu surfe não é inteiramente um cenário para nós. Tem sido difícil encontrar uma alma gêmea e eu sinto falta dos companheiros de banda". O poder da música Os biorritmos de Lauri Ylönen no ano do coronavírus estavam completamente confusos. Quando o álbum começou a ser feito remotamente, foi demais para um homem com um vínculo tão antigo. Afinal, é uma forma especial de fazer música, já que os membros da banda estão em três continentes diferentes. - "Tem sido muito pesado mentalmente quando tudo é incerto", o músico descreve seus sentimentos. - "Eu rapidamente percebi que não vale a pena começar a chorar. Encontramos um software por meio do qual podemos fazer música de diferentes fusos horários ao mesmo tempo", diz Ylönen. The Rasmus está se preparando para o seu 10º álbum de estúdio, a ser lançado no próximo ano. O primeiro single após um hiato de quatro anos se chama Bones, e fala sobre aprender com o Karma. O tema sempre esteve na mente de Ylönen durante o ano passado. - "Tenho pensado no que conquistei na vida e como isso afetou as pessoas ao meu redor. Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. É um velho clássico!", pondera Lauri Ylönen. Ele diz que pensou muito sobre seus pais aposentados e a selvagem passagem do tempo. - "Sinto como se estivesse olhando para o meu pai tempos atrás, quando ele fez 40 anos, e me perguntando se ele era um cara velho. Aqui estou eu na mesma situação!" - "Meu pai é uma pessoa extremamente positiva. Muitas vezes me perguntei se ainda teria pelo menos metade dessa alegria quando chegasse nos meus setenta anos. Mesmo que tudo acabe hoje, ficaria muito grato por isso". Um alívio para o momento tem sido fazer canções para o canal do Youtube chamado Bedroom Sessions, de sucessos do The Rasmus a vários covers. Verão na Finlândia O tempo mais maravilhoso foi passado com a família no Havaí. - "Ando de skate todos os dias com meu filho Oliver, ele puxa um kickboard e eu puxo um skate atrás dele. Todas as noites vamos assistir ao pôr do sol na praia". Também fez Ylönen pensar sobre seus valores na vida. - "No Havaí, a família desempenha um papel maior. Vamos ficar mais juntos. Satisfeito com menos popularidade e menor nível de renda, mas estando com a família. Tem sido instrutivo o que é mais importante nesta vida. É sobre se você pesa milhões em uma conta ou se passa tempo com sua família". No entanto, ele teve que se despedir de seus familiares por um tempo. As praias e palmeiras do Havaí agora deram lugar para a agitação de Helsinki. Lauri Ylönen diz que veio para a Finlândia no verão para fazer música. Ao mesmo tempo, ele se aproxima do filho Julius, de 13 anos. - "Vim em viagem de negócios, mas procuro ver meu filho Julius o máximo possível. Por causa do coronavírus, tivemos que nos separar por muito tempo. Foi uma coisa terrivelmente pesada. Agora é maravilhoso poder passar algum tempo com ele", planeja Lauri. Tradução e postagem: Misael Beskow
Abaixo está a tradução de um artigo publicado ontem no site da revista italiana Retro Magazine, que fala um pouco sobre a história do The Rasmus a exatos 20 anos da primeira apresentação da banda. Agradecimentos ao The Rasmus Hellofasite pela divulgação do artigo. Cada banda está entrelaçada e de mãos dadas com sua canção de maior sucesso: de um lado os músicos sabem que devem muito à ela de todos os pontos de vista, de outro muitas vezes passam a odiá-la. O que poderia ser chamado de "paradoxo do hit comercial" provavelmente soa muito familiar para os membros do The Rasmus, abençoados e amaldiçoados ao mesmo tempo depois do sucesso de "In The Shadows", no final de 2003. Abençoados, porque eles têm muitos fãs graças àquela melodia cativante (mas não por isso superficial). Amaldiçoados, por causa de muitos ouvintes e críticos de música que os confinaram a partir de então a categoria de banda adolescente, ou seja, bons somente para ganhar dinheiro com um par de singles e, em seguida, desaparecerem. The Rasmus, no entanto, não é uma banda adolescente. E eles nem sequer desapareceram, desde que foram esquecidos pelos principais canais de distribuição de música, o que certamente não significa que não prosseguiram com seu próprio projeto (e a meu ver, isso não é necessariamente uma coisa negativa). The Rasmus nasceu em 1994 a partir da mente de Lauri Ylönen, Eero Heinonen, Pauli Rantasalmi e Jarno Lahti. Na época seu nome era simplesmente "Rasmus". A adição do "The" remonta a 2000, quando um DJ sueco de mesmo nome ameaçou processar a banda e, portanto, eles decidiram alterar o nome para não correr o risco de enfrentar problemas legais. A fim de tornar este artigo mais claro, será mais fácil chamá-los a partir de agora de The Rasmus. The Rasmus se apresentou pela primeira vez em 23 de dezembro de 1994, por ocasião do concerto de Natal da escola que frequentavam na época em Helsinki. Antes de a banda completar um ano de vida, no entanto, ocorreu a primeira mudança de formação: Janne Heiskanen substitui Jarno Lahti na bateria. O estilo do grupo recém-nascido, um rock melódico influenciado por elementos do funk, era muito diferente do que é hoje. A mudança será efetivamente um aspecto fundamental do desenvolvimento do The Rasmus, que ao longo dos anos evoluiu seu estilo sempre em novas direções, mas mantendo uma marca original que se sente em qualquer composição, independentemente da tradição na qual ela está inserida. A grande oportunidade chega cedo para o The Rasmus. Em dezembro de 1995 eles gravaram seu primeiro EP, 1st, lançado pelo selo Tega G. Records, e no início de 1996 conseguem obter um contrato com a Warner Music Finland, que o relança e permite que a banda comece a trabalhar no seu primeiro álbum real, Peep, que é publicado em setembro do mesmo ano, quando os membros da banda, todos nascidos em 1979, ainda não tinham atingido dezessete anos de idade. Peep é bem recebido pelos críticos, tanto que a banda ganha um Emma Gaala (Grammy finlandês) como "melhor artista revelação". O sucesso por enquanto apenas se estendia à Finlândia e Estônia, mas o potencial estava lá. Igualmente crucial é o fato de que a maioria das músicas da banda são cantadas em inglês, uma linguagem que permite uma maior disseminação no cenário internacional, ao contrário do finlandês que representaria uma barreira considerável. Em 1997 é publicado Playboys, que não fez nada além de aumentar o sucesso do The Rasmus. Os quatro eram agora conhecidos pelo público em geral, graças ao contrato de patrocínio assinado com a Pepsi, um gesto que lhes atraiu muitas críticas, e que os próprios componentes da banda, anos mais tarde, consideraram quase como um passo em falso, um marketing excessivo. Enquanto isso, outras bandas finlandesas estavam surgindo e dando os primeiros passos no mundo da música. Os nomes que mais tarde seriam os mais famosos são os do HIM, que, em 1997, lançou Greatest love songs vol.666, e Apocalyptica, cujo Plays Metallica by Four Cellos é de 1996. A cena da música finlandesa sempre foi muito viva e nutrida, não apenas pelo clima frio e sombrio que os forçam a encontrar passatempos viáveis dentro de casa, mas também por um sistema de ensino que permite que as crianças entrem em contato com a música desde a infância através de instrumentos que estimulam um maior interesse, mais do que a flauta clássica Aulos 104 que cada aluno italiano teve a honra (e desonra) de segurar em suas mãos. É, portanto, diante de um panorama muito composto que o The Rasmus lançou o terceiro álbum, Hell Of A Tester (1998), o que leva a banda a um ponto de virada que gradualmente os afasta do lado funk da banda para chegar mais perto do rock. O período pós Hell Of A Tester traz mais prêmios para a banda finlandesa, mas é significativo principalmente por duas mudanças fundamentais: a primeira é a transição da Warner Music Finland para a Playground Music, uma gravadora independente fundada na Suécia, que opera em vários países escandinavos e permite que o grupo obtenha cada vez mais o salto de qualidade necessário para estourar; a segunda é a nova mudança de baterista, que vê Janne abandonar o papel para se dedicar à meditação na Índia e Aki Hakala, que até então tinha vendido a mercadoria da banda nos shows, tomar seu lugar. É esta a atitude "definitiva" do The Rasmus, pelo menos até agora. Com estes novos elementos e sob o novo selo, que melhora e aprofunda musicalmente o trabalho do grupo, o The Rasmus lança Into (2001), o primeiro álbum a ser lançado fora das fronteiras nacionais. O maior sucesso, no entanto, sempre esteve em casa. Para o reconhecimento internacional era preciso esperar até 2003 com Dead Letters. Dead Letters, quinto álbum da banda, é um momento crucial. Representa a transição para um estilo mais maduro, introspectivo e honesto do que em trabalhos anteriores. Se do ponto de vista musical o The Rasmus parece ter finalmente encontrado a sua verdadeira voz, do ponto de vista da mudança repentina de imagem, o que pode ser resumido em uma passagem do branco ao preto, parece ser o resultado não só do crescimento pessoal dos vários componentes, mas também, pelo menos em parte, dos ditames da gravadora. O resultado, no entanto, é surpreendente: a nível europeu o sucesso é enorme, a ponto de que muitos se convencem de que Dead Letters é o primeiro álbum da banda. Não só isso: o álbum é realmente válido. Muito válido. E, talvez, dadas as circunstâncias, isto é o que surpreende mais. A desvantagem é que no momento em que o público é efetivamente composto por muitas meninas e mulheres com idade entre 15 a 30 anos, o interesse pela banda é simplesmente categorizado como atração física pelo vocalista, e devido a este fato o grupo parece se esforçar para obter uma credibilidade estável e real. Dead Letters se desenvolve como um álbum conceitual curioso, uma coleção de cartas que o cantor Lauri Ylönen nunca teve a coragem de enviar. As questões de remorso, redenção e expiação estão muito presentes, acompanhadas por músicas melancólicas, mas não tão sombrias quanto a dos seus compatriotas do HIM. O álbum foi impulsionado pelo single In The Shadows, e provavelmente é essa canção que faz acender a chama: a melodia cativante entra nas caixas de som dos jovens e não tão jovens de metade da Europa, a tal ponto que ninguém mais, nem mesmo os falantes nativos do inglês, parece realmente perceber o grito de ajuda que vem da voz angustiada de Ylönen. Esta não é a primeira vez que isso acontece, porém, o The Rasmus não tem (compreensivelmente) nenhuma intensão de reclamar.
Apesar da pressão criada por um sucesso tão grande e à despeito das expectativas malignas de muitos especialistas, o The Rasmus surpreendeu novamente em 2005, com Hide From The Sun. O álbum não atinge o recorde de vendas de seu antecessor, a partir de uma maior maturação tanto no campo pessoal quanto no musical, e que não é o que a banda aspirava. Difícil descrever exaustivamente a mudança de estilo de Dead Letters para Hide From The Sun: provavelmente "crescimento" é, como de costume, o termo mais apropriado. O desenvolvimento musical, no entanto, parece nunca acabar para a banda finlandesa: talvez cúmplice do encontro com Desmond Child, o The Rasmus se aproxima de uma sonoridade suave e etérea que se encontra com frequência na cena do norte da Europa. A partir desta última mistura de influências nasce Black Roses (2008) e The Rasmus (2012, publicado pela Universal após a dissolução do contrato com a Playground Music). Não há dúvida de que o álbum homônimo também foi influenciado pelo trabalho solo de Ylönen, que em 2011 lança New World, que se move numa sonoridade semelhante. Como se pode notar facilmente, a história do The Rasmus não é linear nem previsível. Desmantelados pelo seu próprio sucesso, criticados não tanto por uma falta de originalidade na composição, quanto pela média de idade do público nos shows (critério um tanto questionável, especialmente quando aplicado a partir de fontes consideradas autoritárias), o The Rasmus parece ter tido a sorte/azar de encontrar a sua própria identidade musical no momento certo, quando a cena musical internacional precisava deles exatamente dessa forma. Felizmente, porque isto tem assegurado o seu sucesso inteiramente merecido; infelizmente, porque estar presente na hora certa e no lugar certo pode ser muitas vezes classificado como apenas mais um show de horrores criado especificamente pela indústria da música. E se isso muitas vezes corresponde à realidade, é uma amarga constatação como tal julgamento prévio é, por vezes, costurado para a banda que, ao contrário, merece todo o reconhecimento. AQUI você pode consultar a página do The Rasmus na Wikipédia. Aqui você pode visitar o SITE OFICIAL do The Rasmus. Fonte original: Retro Magazine Créditos: The Rasmus Hellofasite Postado por Misael Beskow, em 23 de dezembro de 2014 Abaixo está a tradução de um artigo publicado na última sexta-feira no site msn.com, onde fala sobre o próximo álbum solo do Lauri e seu terceiro single, previsto para ser lançado no dia 19 de dezembro na final do programa Ídolos (na Finlândia). Agradecimentos ao Lauri Ylönen Fans All Over The World pela tradução finlandês-inglês. Lauri Ylönen revelou em uma entrevista ao MSN.com sua opinião sobre o show do grupo "The Cheek", no Estádio Olímpico de Helsinki, e por que está sendo difícil lançar seu próximo álbum solo.
O vocalista da banda The Rasmus e atual jurado do Ídolos alcançou uma carreira solo impressionante. Lauri Ylönen está envolvido no negócio da música desde os anos 90, e há algum tempo teve a chance de dar um salto para o desconhecido. Ylönen lançou em 2011 seu primeiro álbum solo "New World", que é lembrado por seu single "Heavy". Desde então, seu estilo tem crescido lentamente na direção da música eletrônica. O seu novo material solo é muito diferente do estilo do The Rasmus, assim Lauri acredita que realmente não será a mesma coisa para os seus fãs (os fãs de The Rasmus). — Eu não queria que fosse assim! A nova música é algo especial e experimental. Nesse projeto você não vai encontrar um estilo pop-rock, mas se você é o tipo de pessoa, que como eu, tem um grande gosto pela música e tem a mente aberta, então é claro que você poderá gostar — diz Lauri. Lauri diz que ouviu rock durante toda a sua vida, mas também música eletrônica. O cantor claramente gosta de falar sobre o seu projeto. — Depois de 20 anos fazendo música no violão, agora me sinto bem fazendo algo com uma perspectiva completamente diferente. Lauri realizou recentemente um segundo álbum solo em seu tempo livre. — Eu basicamente tenho o álbum pronto, mas vou levar algum tempo para lançá-lo, pois farei algumas viagens para a América. No entanto, o álbum será lançado em breve, provavelmente no primeiro semestre do ano que vem — diz Lauri . "Vou usar minha voz de um jeito diferente" Além disso, ainda não sabemos se o disco será lançado sob o nome de Lauri ou Amanda. — Amanda é meu malcriado e impertinente alter ego, através do qual eu tenho um tipo de fuga. Parte de seu novo material será ouvido no dia 19 de dezembro, na final do Ídolos. Nesse dia todos os juízes farão uma apresentação no palco do programa. Lauri se apresentará juntamente com Sini Sabotage, Jussi69 e The 69 Eyes. — Agora estou desenvolvendo algo para minha nova apresentação, desta vez eu pretendo usar minha voz de um jeito diferente. Interessante! Lauri acredita no sucesso de "The Cheek" Esta semana foi a hora de ouvir algo que nunca tinha se ouvido falar na Finlândia. De acordo com a notícia, um grupo chamado The Cheek (banda inglesa) reuniu sozinho mais de 40.000 pessoas no Estádio Olímpico de Helsinki para um show em agosto. The Rasmus é uma das bandas finlandesas de maior sucesso, que já obteve recordes em vendas de milhões de discos. Mas de acordo com o The Rasmus, Lauri nunca pensou sobre isso. No entanto, ele está muito satisfeito com o sucesso do The Cheek. — As notícias são fantásticas, afinal de contas isso é único na Finlândia. Acho que o show estava esgotado, porém eu não pensei muito nisso — acrescenta. Se Lauri pudesse escolher, qual artista gostaria de ver tocando no Estádio Olímpico? — Apocalyptica! Eles são muito bons. Certamente haveria estrelas estrangeiras, e eu inclusive gostaria de cantar junto. Vou ter que propor isso à eles — disse Lauri animado. Fonte: Lauri Ylönen Fans All Over The World Postado por Misael Beskow, em 26 de novembro de 2013 Hoje a página do programa Ídolos no Facebook (na Finlândia) compartilhou um breve artigo do site mtv.fi sobre a adolescência do Lauri e o início da sua carreira musical no The Rasmus. O artigo traz várias fotos do vocalista ao longo dos anos, mostrando as mudanças em seu estilo. Abaixo está a tradução completa do artigo! Atualmente como jurado do Ídolos, Lauri Ylönen era apenas um adolescente quando a popular banda The Rasmus iniciou. The Rasmus começou há quase 20 anos, em 1994. Naquela época, o vocalista Lauri Ylönen tinha apenas 15 anos de idade. Mas a popularidade da banda, no entanto, aumentou em 1996, quando a banda mudou-se de sua garagem para os estúdios da Warner Music. Naquele mesmo ano a banda lançou o seu álbum de estreia, Peep. Ylönen tinha apenas 17 anos quando a popularidade da banda aumentou vertiginosamente. — A primeira apresentação foi uma das experiências mais importantes da minha carreira. Eu estava no segundo grau. Nos apresentamos para outros alunos da escola com a canção The Final Countdown do Europe. Eu toquei algumas panelas, então eu era um baterista na época. Foi uma experiência emocionante. Assim começou a paixão pelo palco — diz Lauri. — Em 1994 começamos com o The Rasmus. Nos apresentamos em novembro em uma festa de Natal na escola. Tocamos algumas de nossas canções, bem como alguns covers, como Master Of Puppets do Metallica, Polly do Nirvana e Hän Mies do Kummeli. Foi um show difícil. Foi a primeira grande mudança na carreira da banda. No momento, Lauri está atuando como jurado no décimo aniversário do Ídolos (na Finlândia). Fonte: Lauri Ylönen Fans All Over The World
Postado por Misael Beskow, em 19 de novembro de 2013 No último dia 06 de outubro o The Rasmus fez um show em Omsk, na Rússia. Antes da apresentação a banda participou de uma coletiva de imprensa. As entrevistas originais podem ser encontradas em superomsk.ru e omskpress.ru. Abaixo estão as traduções de dois artigos resumindo um pouco do que eles falaram naquele dia. Agradecimentos ao The Rasmus Germany pela tradução para o inglês. The Rasmus faz um show em Omsk neste 06 de outubro. Poucas horas antes do início do concerto a banda participou de uma coletiva de imprensa. Depois de uma viagem de trem de 12 horas desde Chelyabinsk, o The Rasmus chegou a Omsk. "Tivemos uma boa comida no trem, batatas e salada. A viagem de trem foi interessante, nós dirigimos à luz do dia e tivemos a chance de ver a natureza da Sibéria. Mas não tínhamos vodka, tivemos que olhar para fora das janelas sóbrios", Lauri ri. Em Chelyabinsk o The Rasmus ganhou um presente especial de uma fã: uma imagem da banda tricotada por ela mesma. Presentes dos fãs são especiais mesmo. Uma menina do Reino Unido comprou uma estrela de verdade para Lauri. Em Omsk a banda teve tempo para alguns passeios turísticos. "Nós fizemos um passeio no rio, eu adorei, mas estávamos congelando demais", diz Lauri. "Eero sempre sabe o caminho de volta ao hotel, é por isso que o chamamos de 'bússola'". A banda foi perguntada sobre quem é o chefe do grupo. Lauri responde: "Nós chamamos a nós mesmos de 'os quatro ditadores'. Todos nós temos diferentes hábitos e preferências. Isso é bom, nós somos diferentes. Nós podemos compartilhar nossos interesses". O time de hóquei no gelo finlandês é um dos melhores. O repórter pergunta se o The Rasmus gosta de hóquei no gelo. A banda disse que eles conheceram em Nizhny Novgorod o treinador do time de hóquei no gelo de São Petersburgo, Jukka Yalonenom. "Todos gostamos de hóquei no gelo. Nosso guitarrista Pauli já esteve jogando por sete anos, muitos anos atrás. Mas ele tinha que escolher entre música e esporte, e no final a música ganhou. Fomos convidados para assistir a um jogo de hóquei no gelo em São Petersburgo. Seria bom se nós pudéssemos fazer isso", diz Lauri. No próximo ano o The Rasmus comemora o 20º aniversário da banda. "Eu acho que vamos fazer um bolo de aniversário!", diz Eero. E Pauli diz: "Vamos comemorar na Rússia, com certeza". "Você pode se divertir muito na Rússia, as portas estão sempre abertas. E você tem as mulheres mais bonitas, com certeza", respondeu Lauri. O show desta noite em Omsk está quase esgotado. Fonte: The Rasmus Germany
Postado por Misael Beskow, em 09 de outubro de 2013 Esta manhã Lauri deu algumas entrevistas para rádios finlandesas para promover o seu novo single "She's A Bomb", lançado sexta-feira passada, que precede o seu segundo álbum solo, previsto para setembro próximo. Em muitas entrevistas quase nada de novo foi dito em relação à entrevista na Radio Aalto da última sexta-feira, com exceção de que o novo álbum solo ainda não está pronto e que nele o canto terá um papel secundário, vai ser mais como um instrumental, entre outros. Quanto ao The Rasmus, Lauri confirmou mais uma vez que em junho a banda se reunirá para começar a trabalhar em seu novo álbum, e que também vão tocar em alguns festivais de verão no exterior (não na Finlândia). Aqui estão os links das entrevistas e artigos (todos em finlandês) de hoje: YleX Aamu Radio Suomi Pop Fonte: The Rasmus Hellofasite Postado por Misael Beskow, em 18 de março de 2013 - Eu vou lançar outro álbum solo no próximo ano, Lauri Ylönen, 33, revelou na quinta-feira passada no NRJ Fashion Awards. Os esforços de Lauri Ylönen para o crescimento do bigode não tiveram um grande resultado. (PASI LIESIMAA) O processo de composição do novo trabalho solo do cantor ainda não está completo, então Lauri não quer dizer o que o futuro trará. O The Rasmus começou no sábado uma turnê de cinco semanas da Europa. Lauri admite que a natureza das turnês está mudando ao longo dos anos, com o avanço da idade. - Aos vinte anos estávamos no bar quase todas as noites. Agora já não podemos desfrutar de tanta diversão. Hoje temos outras coisas diferentes para fazer, ele pensou. Todos os membros da banda já constituíram família, então longas turnês costumam trazer à tona sentimentos que dão saudades de casa. - Como pai de família, eu acho que as turnês são muito egoístas. Na turnê você pode tirar um cochilo quando quiser, mesmo com a música tocando no meio da noite. Mas quando se está há cinco semanas longe das crianças e você começa a jogar este jogo da memória pelo Skype, então isso sim enche os olhos de lágrima, Lauri admite. Fora da turnê, Lauri está construindo uma casa e realizando outras atividades, como mergulho. - É saudável ter um pouco de ambição. Embora fazer música e estar em turnê sejam as melhores coisas do mundo, deve haver outras coisas para compensar estas. É necessário encontrar o equilíbrio para as coisas, pensa ele. No próximo ano o cantor lançará outro álbum solo. Enquanto isso, Lauri deixou o bigode crescer para participar da campanha global "Movember" (uma campanha mundial em prol da saúde masculina, na qual algumas pessoas deixam o bigode crescer - no estilo "Mo" - no mês de novembro. Leia mais sobre isso aqui). A turnê do The Rasmus termina na próxima primavera e será seguida por uma pausa, na qual a banda popular irá descansar por um momento e focará em outras questões. MIA MALMI Tradução finlandês-inglês: The Rasmus America Tradução inglês-português: Misael Beskow Fonte: iltalehti.fi Postado por Misael Beskow, em 15 de novembro de 2012 |
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