Confiram abaixo o vídeo e a tradução da entrevista que o pessoal do blog FuteRock fez com o Lauri para a edição de outubro da revista Rock Meeting, enquanto o vocalista estava de passagem aqui pelo Brasil pra promover o álbum Dark Matters. Obrigado ao Charley Gima por gentilmente nos ceder a gravação! ;)
FUTEROCK: Então The Rasmus está de volta depois de cinco anos, certo? O que você fez durante esse tempo? LAURI: Sim, já faz cinco anos desde o último álbum foi lançado. É um longo tempo, pois nós costumamos lançar com muito mais frequência. E nós demos um tempo com a banda porque nós temos nossas vidas pessoais e nós temos filhos; os outros caras, todos eles têm dois filhos. Então era tempo de vivermos essa vida também por alguns anos. E eu me mudei para Los Angeles faz três anos. Foi uma grande mudança deixar meu país natal. F: Você virou um skatista, um surfista? L: (Risos) Sim, eu tenho surfado um pouco. Eu quebrei meu ombro... F: Sério?! L: Na verdade eu quebrei a prancha em duas partes. Isso foi realmente um grande acidente. Mas nós fizemos outras coisas e agora nos últimos dois anos nós estávamos escrevendo um novo material para este novo álbum. Agora está lançado. F: Certo. Bom, eu vi... eu escutei algumas músicas e estão boas. L: Obrigado! F: E esse tempo fora, para você, o que isso trouxe para Dark Matters? L: Esse tempo todo fora? F: Sim. L: Bom, eu sempre tenho escritos músicas como… como se eu estivesse escrevendo um diário da minha vida. Então todas as músicas têm dois significados e elas são sobre alguma situação ou coisas que aconteceram comigo; na minha vida, e uma grande coisa, claro, nos últimos cinco anos foi porque eu me mudei pra um novo pais e isso foi muito sentimental pra mim; isso foi meio triste. Eu me senti com saudades de casa, mas, ao mesmo tempo, eu me senti "Wow!". Isso é uma grande oportunidade de estar em uma nova cidade gigantesca, cheias de oportunidades. Eu comecei a encontrar muitas pessoas. Eu tenho me encontrado com cineastas legais de filmes, fotógrafos, pintores, pessoas do ramo da música; coisas assim. Eu estou realmente feliz que eu fiz essa mudança. Mas isso foi um bom material para composição de músicas também. F: Certo, certo. Então você sempre escreve sobre coisas reais, sobre suas experiências. Você nunca tentou imaginar situações para escrever letras de músicas? L: Sim, claro que eu uso bastante a minha imaginação quando eu escrevo coisas e muitas vezes eu tenho como metáforas que eu cubro tudo, mas... mas eu gosto disso, do verdadeiro significado nas músicas e, você sabe, alguma coisa que é muito real porque sou eu depois de vinte anos quem vai cantar aquelas músicas... F: Sim! L: ... Nos palcos, como por exemplo, em "In the Shadows". Esta canção; nós temos que tocar toda vez que estamos nos palcos. Quero dizer, os fãs ficarão loucos se nós não tocarmos. Então você sabe... F: É o seu legado, certo? L: Sim. É como, você sabe; isso é como eu me sentia em 2002 quando eu escrevi a música. E talvez eu tenha mudado, talvez uma pessoa um pouco diferente agora, mas isso é ainda parte de mim e como eu era … Então, você sabe. Ou a primeira música que eu tinha escrito para a The Rasmus, chamada "Myself", e ela foi escrita quando eu tinha quinze, dezesseis anos. Eu estava na escola, eu tinha meu mundo lá acontecendo. Era um mundo muito pequeno e eu tinha meu skate, e tinha meus amigos, minhas brigas e minha namorada. Que seja, mas eu estava escrevendo sobre aquele momento e foi realmente honesto. E agora isso parece um pouco engraçado quando eu escuto a faixa... F: Mas era seu momento. L: ... Mas aquilo era real. F: Bom! E você ainda vive na Califórnia? L: Sim. F: Certo. Então você sentiu alguma diferença na sua região sobre a mudança de presidente? L: Sim. Todo mundo esta falando, claro, que... F: Se você não quiser falar sobre isso, tudo... L: Sim, todo mundo está falando sobre Trump e da merda que ele tem feito. Isso é complicado. Eu sinto, especialmente, meus amigos americanos. Eles estão muito envergonhados dessa situação. E isso não é culpa deles. Quero dizer, eles levam isso a sério e eles estão como “Por que você se mudou para cá? Você deveria ter ficado na Finlândia. Você sabe, é muito melhor lá.”, mas na Finlândia nós temos outros problemas e... sim, o mundo está se tornando um lugar bastante doido. F: Como um estrangeiro nos Estados Unidos, você sente alguma diferença? L: Para mim, eu não senti muito das diferenças como um estrangeiro nos EUA. Talvez isso é apenas se você está tentando conseguir algum visto ou fazer um show lá. Mas, mas eu sou um residente lá. Então eu não tenho esse problema. F: Bom! Então não há barreiras pra você. (Risos) L: Não há barreiras, mas... sim, nós acabamos de vir do México antes disso… é como se eles estivesse realmente putos da vida, claro. F: Ok, vamos falar de Dark Matters. O que você pode nos dizer sobre o processo inteiro de escrever, de compor este álbum? L: Nós estamos escrevendo esse álbum por um longo período de tempo. Eu acho que... três anos atrás nós começamos. Juntando as músicas e... F: É quase como Guns 'n Roses fez. L e F: (Risos) L: Sim. Algumas vezes isso leva tempo. Mas eu acho importante passar um tempo com moderação na composição das músicas. Pelo menos isso é o que nós fazemos. Nós tentamos deixar todas as músicas prontas e nós temos todas as letras escritas e tudo mais. E as músicas estão ,tipo, prontas pra tocar no violão aqui e agora. E então quando nós estávamos nesse ponto, nós começamos a procurar pelo estúdio e pensar em produção; como elas deveriam soar e nós encontramos esse ótimo grupo de produtores na Suécia chamado "The Family". Na realidade são 2 caras e 1 garota. E eles foram a combinação perfeita para nossa banda porque eles também tem uma experiência em rock e metal. Eles tem participado em diferentes bandas antes... F: Essa não foi a primeira vez que vocês trabalharam com eles? L: Sim, essa foi a primeira vez que encontramos com eles e nós fizemos amizade imediatamente. Eu acho que foi uma boa combinação porque eles entendem do mundo pop, do... dos sons modernos, mas também eles tem essa essência de rock e metal e um pouco de provocação; exatamente o que nós temos. Então isso foi uma boa combinação. F: Certo. E você disse sobre o mundo pop, certo? Como você vê a si mesmo na banda? Quero dizer como você vê a música da The Rasmus? Como nós podemos chamá-la? Pop rock, pop music; heavy metal... L: Sim... F: Hard Rock... L: É uma banda pop rock. Nós temos... Nós combinamos coisas, você sabe, rock, pop. Até mesmo um pouco da influência do hip hop pro novo álbum... F: Que... L: Nós temos algo como batidas de tambor que nós nos inspiramos talvez porque eu tenha mudado pra Los Angeles... F: (Risos) L: …Eu escuto o rádio quando estou dirigindo meu carro no trânsito de Los Angeles e é apenas hip-hop. E eu acho que hip-hop tem muita atitude. Não todos, mas alguns deles têm mais até mesmo que algumas músicas de rock hoje em dia. É estranho, mas é um tipo fascinante de mundo. Mas nós sempre temos combinado coisas diferentes e, tipo, tentando coisas diferentes... F: Algo... L: Algumas vezes nós fazemos movimentos errados e tipo, “Oh! Isso não foi uma boa ideia, mas vamos em frente, vamos fazer isso” e isso é tão bonito; estar indo daqui pra frente e não repetindo você mesmo. F: Uhum. Então se eu chamar de pop rock está tudo bem pra você? L: Sim, tudo bem. F: Ótimo (Risos). E Paradise? Essa música, certo? Está é a primeira faixa que ficou em nossa mente, porque é a primeira faixa, certo? L: Uhum. F: Então nos conte o que você considera um paraíso? (Risos) L: Sim, é difícil de dizer o que é um paraíso. Agora eu vivo em Los Angeles que é um lugar ensolarado e belamente limpo. Eu vivo perto do mar e você sabe, o mar, eu vou surfar e andar de skate. Mas então novamente tem seus problemas, o presidente; eles tem muitos mendigos. É como uma linda bagunça. E se eu pensar sobre a Finlândia, eu amo meu país natal. É um país lindo. Uma natureza viva e muitas coisas boas sobre, mas eles também tem seu lado negro. Eu acho que as pessoas são muito ciumentas e invejosas, e isso não é legal. Quero dizer, se você for pra América, as pessoas são bem prestativas como “Uau! Você tem essa banda! Estou tão feliz por você!”. E eles não pensam que isso é distante deles, como se, alguém é bem-sucedido ou coisa assim. Mas na Finlândia é muito típico que as pessoas sejam bem invejosas. É como se fosse um tipo de tensão, eles tem põe freios. Eu acho que na Finlândia tem muitos talentos. Eles apenas não sabem como colocar isso pra fora. Parece que as pessoas são muito tímidas e muito modestas. F: Uhum. Então não há um paraíso 100%. L: Não há um paraíso. F: (Risos) L: Eu acho que o planeta Terra é um paraíso. Eu me considero um cara que vive nesse planeta e é por isso que eu... eu não... Você sabe, nós temos estado em turnê pelo mundo com a banda. Eu tenho visto muitos países diferentes, como setenta países... F: Setenta?! L: Sim. F: Uau! L: Nós temos tocado em quase todos os lugares, exceto... Austrália. F: Vocês querem tocar lá dessa vez? L: Sem planos ainda. F: Sem planos ainda. L: Não. Mas eu espero algum dia. F: Certo. Então fale sobre suas viagens. Vocês estão fazendo essa viagem expressa, certo? Isso é bem incomum agora, vindo para o Brasil, porque é muito caro; apenas pra falar com a imprensa e com seus fãs, suas fan bases. Você acha que é importante você ter essa relação com jornalistas e com seus fãs? L: Sim. Nós pensamos que é muito importante estar aqui agora para encontrar com os fãs. Nós tivemos um Meet and Greet... F: Aham L: ...em torno de cem fãs... F: Uau! L: …dois dias atrás em um bar legal. E nós estávamos ouvindo o álbum juntos, tirando fotos e conversando com os fãs um par de horas. E foi realmente incrível ver essas pessoas depois de tanto tempo e ver como eles sentem nossa falta, quão dedicados eles são. Eles tem tatuagens do The Rasmus e tatuagens do meu autógrafo no ombro. É incrível. E depois do Meet and Greet, eu me senti como em um show, minhas mãos estavam tremendo (Yeah!). Você sabe, a adrenalina e... F: (Risos) L: ...eu realmente estou esperando que voltemos e estamos planejando fazer alguns shows aqui em Maio em 2018... F: Certo, ótimo! Isso ainda é um segredo ou…? L: Nós ainda estamos trabalhando nisso, então... F: Então nós não falaremos disso, certo? Ok? Oh! Porque vocês escolheram o Brasil pra vir? L: Hmm... Bom, nós apenas estamos fazendo uma pequena viagem aqui. Nós fomos para o México... F: Uhum. L: ...que não é tão perto, mas... da Finlândia é mais perto. F: Mas pra você é como entre EUA e Brasil, certo? L: Sim, o México. E então nós vamos amanhã, vamos para a Argentina... F: Uhum L: ... E ,tipo, fazer a mesma coisa. F: Legal. Nós estamos agradecidos que vocês estejam aqui e... Ah! Wonderman! Eu vi esse vídeo hoje... L: Sim, acabou de ser lançado. F: Sim! Ela faz parte da trilha sonora de Rendel. Como esse convite aconteceu? ... L: Sim, ... F: ...Pra fazer parte da trilha sonora? O filme parece ser legal! L: …isso foi uma coincidência engraçada, porque nós escrevemos a música em torno de 2 anos e meio atrás, ... F: Uhum L: … e nós tivemos a ideia como escrever a canção sobre a imaginação de uma criança, como ele, a criança, está criando ela mesma em um alter ego como um super herói para conseguir força e sobreviver. E então ao mesmo tempo tinha um cara na Finlândia que estava fazendo um filme com uma história quase similar que foi como (Agita a cabeça) realmente estranho. F: Que doido! L: Isso tem uma história estranha de qualquer jeito. Então nós conseguimos. Nós encontramos esse cara e nos juntamos, e tínhamos a música como música tema para o filme, e fizemos o vídeo dela na Finlândia há algumas semanas. F: Certo. E você escutou alguma coisa sobre seu lançamento nesse momento ou ainda não tem a resposta dos seus... companheiros de banda ou... L: Não, eu nem ainda vi o vídeo. F: Ainda não?! Ele parece legal! L: Sim. Eu conversei com os jornalistas e tipo (faz careta) eu não dei uma olhada. (Risos) F: (Risos) Por favor, faça isso! (Risos). Certo! Bem, nós conhecemos algumas bandas finlandesas como Nightwish, Stratovarius, Sonata Arctica e Children of Bodom, certo? Também (o festival) Tuska Open Air... L: Sim. F: ... Mas nós não temos ouvido nenhuma banda de rock nova de lá. L: Porque... F: Nesse momento, você sabe o por que essa cena do rock não é, não está virando? Eu não sei como... L: Eu sei o que você quer dizer. Na Finlândia nesse momento é muito comum que o artista comece a cantar em finlandês... F: Uhum. L: …na língua finlandesa. Então isso é a única coisa que eles não podem se tornarem internacionais. E eu sempre digo pra todo mundo lá: Tentem ser, você sabe, internacional. Tentem, porque a Finlândia é mais que um país e 5 milhões de pessoas. Você pode ganhar a vida com música, em turnê pelo país, mas é muito pequeno. F: Uhum. L: Então talvez isso mudará. Eu não sei. F: Há lá novas coisas que você pode nos dizer pra escutar mesmo que eles cantem em finlandês? L: Hmmmm... F: Você recomendaria alguma? L: Eu não consigo pensar em algum rock agora. A maioria é hip-hop. F: Oh! Hip-hop! Você está no hip-hop agora! (Risos) L: (Risos) Sim, eu estou no hip-hop um pouco, mas... mas eu acho que na Finlândia a cena é essa. F: Eu escutei Private Line, de lá. É um rock legal. L: Sim, sim. F: Ok. Oh! Vocês ficaram famosos no Brasil por causa da MTV, certo? E a MTV no Brasil, nós não temos mais. Mas agora todo mundo está conseguindo informação através da internet. Qual a sua relação com a internet? Você vê a internet como um inimigo ou como um aliado? L: Eu penso que é algo bom. Somente coisa boa. Nós temos visto a mudança porque temos estado como banda por 23 anos... F: Legal. L: ...Eu tenho visto isso tão diferente... F: Das fitas cassetes? L: Sim, sim! (Risos) Quase! F: … (Não conseguimos entender o que ele diz. Desculpa. D:) L: Mas então, sim, diferentes faces e eu penso que isso está mudando pra melhor. Algumas vezes isso é difícil. As bandas têm um grande esforço porque as gravações não vendem e então elas começam mais a fazer turnês, e a situação de vida melhora. E eu acho que o rock e as bandas, eles sempre sobrevivem, não tem problema. Eles precisam apenas confiar em si mesmos e manter o que estão fazendo. E eu acho que, por causa da internet, é uma situação melhor para bandas novas porque se eles; se você tiver uma boa música e você gravar em seu quarto no seu notebook, você lança a canção, e se ela for realmente uma boa canção, as pessoas irão compartilhá-la e então se torna... F: Se torna viral. L: Sim, se torna viral. Pode se tornar a maior música no mundo, de graça! Você não precisa anunciar. Essa coisa é um tipo de situação justa. F: Uhum. Você disse que essa é sua segunda vez no Brasil. O que você sabe sobre bandas brasileiras? L: Eu não conheço muitas bandas aqui. Na verdade, eu consegui um ótimo presente de um fã no encontro dois dias atrás, era um memory stick... F: Uhum. L: ...E ele disse algo como “Eu coloquei o melhor da música brasileira. São quinze músicas”, ou algo assim. E eu ainda não tive a chance de escutar porque eu tenho um tipo diferente de computador (risos), mas eu realmente quero escutar o que ele escolheu pra mim porque não são tantas bandas brasileiras vindo pra Europa ou... F: Sim. L: ...eu não consigo encontrar elas tanto quanto, mas claro nós conhecemos Sepultura. São grandes, grandes caras e, sim, na realidade a primeira vez que eu os vi foi tocando no mesmo festival com a gente. Foi em 96... F: Você lembra qual é? L: É na Finlândia. F: Na Finlândia, certo. L: É chamado Messila. Messila é chamado o festival. Não existe mais, mas eles tocaram no mesmo palco conosco e essa foi nossa primeira vez no festival como The Rasmus… F: (Também não conseguimos entender o que o Charley fala. Desculpa mais uma vez. D:) L: Nós vimos Sepultura tocando e nós todos (faz careta) “Uau! Isso é maluco!”. E eu estava tão feliz que eles tinham trazido a herança brasileira, as raízes, e elas podem ser escutadas na música e nos ritmos. Eu acho isso importante para reconhecer quem você é e... F: Nada transforma aqui, certo? L: Sim. Eu tenho certeza que em sua música, você sabe, de onde você veio. F: Certo. Então pra terminar você pode nos deixar uma mensagem para nossos espectadores, por favor? L: Claro! Todo mundo que está assistindo aqui é Lauri do The Rasmus. Eu espero ver vocês na turnê no próximo ano! F: Certo. Obrigado! Neste link vocês podem conferir o compilado dessa entrevista que saiu como matéria na edição de outubro da revista Rock Meeting! Tradução: Jessica Carvalho Fonte: Rock Meeting
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Aqui está a tradução de uma entrevista concedida pelo Eero essa semana ao site norte-americano Cryptic Rock! Há uma certa melancolia otimista que permeia o núcleo de Dark Matters, o nono álbum de estúdio do magnífico quarteto The Rasmus. Essa dicotomia, claro que não é nova pra a banda: eles vêm produzindo um delicioso e dançante Pop Rock que abrange um certo Funk Escandinavo por mais de vinte anos até agora. Com uma fan base dedicada que se espalha pela Europa até tão longe como o México, estes Europeus têm impressionates nove álbuns de estúdio para o crédito deles - de Peep do ano de 1996 para o novo em folha Dark Matters. Após cinco anos fora para explorar outras inspirações, The Rasmus recentemente fez seu retorno triunfal com uma coleção de material que permanece fiel ao som de assinatura do grupo e bem como ainda abrange belamente novos horizontes. Tendo um momento fora de sua rotina ocupada, o baixista Eero Heinonen sentou-se para discutir tudo sobre Dark Matters, tempo livre, turnê, músicos Finlandeses que vocês precisam conhecer, e muito mais. CrypticRock.com - The Rasmus tem estado forte por mais de duas décadas até agora, e nesse tempo lançou uma lista de gravações, fez tour pelo mundo e construiu fortes seguidores. Pelos altos e baixos, como a jornada tem sido pela banda? Eero Heinonen – Foram tempos divertidos e tempos difíceis, assim como tudo na vida. É ótimo estar lançando um novo álbum, este é o nono! Inacreditavelmente que ainda estamos nisso. Eu acho que é a amizade que levou isso longe. CrypticRock.com – Na verdade ser amigos dos seus companheiros de banda é uma importante chave para a longevidade! Agora, The Rasmus teve anos entre o disco homônimo de 2012 e Dark Matters de 2017. Porquê um longo período entre álbuns? Eero Heinonen – Nós temos esse período quando nós precisamos nos concentrar em ter vida familiar, olhando para o outro lado da vida. Eu comecei a olhar mais seriamente para direção de filmes, Lauri para arquitetura, Pauli - em trabalho de estúdio e por aí vai. Talvez nós só precisávamos pensar um pouquinho em outra coisa, mas é bom estar de volta novamente. CrypticRock.com – É bom ter uma pausa e recarregar as baterias uma vez ou outra; isso pode levar para uma inspiração maior. Falando disso, quando vocês foram ao estúdio dessa vez, a banda conscientemente tentou fazer algo diferente das experiências anteriores de estúdio? Eero Heinonen – Sim! Por exemplo, nós queríamos misturar Hip hop com melodias melancólicas escandinavas; este é um dos temas nesse album. Eu acho que soa um pouco mais moderno ou urbano do que nossos trabalhos anteriores. CrypticRock.com – É um album excelente! Porém Dark Matters não é particularmente obscuro: Porém é cheio de temáticas pop , Riffs dançantes, e zilhões de razões para sorrir. O que inspirou o título desse album? Eero Heinonen – é uma brincadeira com as palavras, nós gostamos desse tipo de coisa. Escuridão (Dark/Darkness) vem sendo o tema desta banda, e de alguma maneira significa . (Matters) muito para gente estas coisas. CrypticRock.com – O conteúdo Lírico durante Dark Matters explora uma gama de coisas, sendo elas super-heróis que vivem dentro de nós ("Wonderman") , em admitir que em certas ocasiões não conseguimos fazer nada certo ("Nothing"). Observando no Geral, vocês pretendem fazer uma justaposição em musicas mais animadas inserindo sentimentos mais melancólicos. O que inspirou vocês, de forma lírica? Eero Heinonen – "Wonderman" começou da idéia de um garotinho que se imaginava como um super herói. "Nothing" veio do sentimento vazio que nós sentimos quando você fez algo de errado, um grande medo cheio de solidão. Um bom começo para uma musica é sempre algo como um guardanapo de restaurante fast food- e a sensação de enxugar suas lágrimas nele. CrypticRock.com – Essa é uma idéia intrigante para explorar, e pode terminar em resultados realmente poéticos! voltando para o Album , algumas das musicas que se destacaram foi "Paradise" - que tem um lindo e temperamental video - "Something in the dark" e "Black Days". Teve algo especial que aconteceu na produção dessas musicas em particular? Eero Heinonen –"Something in the dark" era como uma musica de dance no começo, tinha ficado boa. "Paradise", nós queriamos lançar como um single - ela nos lembrava dos tempos de Rock do passado. "Black Days" - nos estágios iniciais esta musica era sobre os sentimentos de Lauri sobre seus filhos e família que estão do outro lado do globo. CrypticRock.com –Estas são musicas muito bem feitas! O The Rasmus conquistou um sucesso comercial na Finlândia, sua terra natal, também na Europa. infelizmente , parece que o mercado norte americano está demorando para reconhecer os talentos da banda. O que você acha sobre isso? Eero Heinonen – Talvez seja um mercado com muitas coisas acontecendo? isso não me incomoda! parece que a banda tem grandes seguidores na América do sul, Russia e Europa. Atualmente, México tem muitos fãs, geograficamente falando, faz parte da américa do Norte... então... CrypticRock.com –Isso é muito verdadeiro! esperançosamente isso irá mudar no futuro. Agora, vocês já tem datas planejadas para uma turnê pela Europa, e em alguns lugares a venda de ingressos já estão esgotadas. Parabéns! dito isso, há algum plano para trazer Dark Matters para a América do Norte em algum futuro próximo? Eero Heinonen – Sim, isso seria legal! 2018 será um grande ano de tours para o The Rasmus, então vamos fazer isso se for possível! CrypticRock.com – Os fãs dedicados dos EUA adorariam tê-los por la, porém, vamos falar sobre sua terra natal, Finlândia, que parece ter um cenário musical incrível, especialmente em Helsinki. Quais bandas que pessoas de fora deveriam ouvir ou que talvez não estejam recebendo tanto reconhecimento fora da Finlândia? Eero Heinonen – Tem a Haloo Helsinki!, Rauli Badding Somerjoki, Chisu; a maioria deles cantam em Finlandês. Vejam Nightwish e Apocaliptica também, e talvez Poets of The Fall? CrypticRock.com – Todas bandas incríveis. Falando com os seus queridos Finlandeses, você trabalhou com a Apocalyptica no passado. Como que isto aconteceu e podemos esperar mais colaborações com outros no futuro? Eero Heinonen – Colaborações são divertidas. eu adoraria de fazer mais delas. O caso com a Apocalyptica cresceu em encontros com a banda , que acontecia muito regularmente, e sempre pediam para o Lauri participar de uma musica deles, então nós também os chamamos para participar em uma musica nossa. Eles são pessoas maravilhosas, de um jeito muito reconfortante, muito Filandeses. Temos que amar essas qualidades deles! CrypticRock.com – É maravilhoso ser capaz de colaborar com pessoas boas! Ultima pergunta: CrypticRock.com cobre musicas e filmes, especialmente os de Horror e Ficção Cientifica. Você é fã destes generos? e se for, quais são seus filmes favoritos? Eero Heinonen – Vejam Rendel, um filme de Ação/Fantasia da Finlândia. Nós temos uma musica neste filme, nos créditos. Eu assisti um filme de Terror muito bom deum Diretor do Uruguay, Fede Álvarez chamado "O Homem nas Trevas" (2016); ,muito bom, bem compacto e inventivo. Alien, o Oitavo Passageiro (1979) É muito bom também. Tradução: Jacqueline A.S. Costa Fonte: Cryptic Rock
Aqui está o vídeo da entrevista realizada com Lauri e Aki em São Paulo, no dia 24 de setembro, pelo site Porão da Música em parceria com o Juan Nascimento e a Renata Penteado da equipe do The Rasmus Soldiers Brasil <3
E abaixo vocês também podem conferir a matéria transcrita ;) A espera acabou: entrevistamos o The Rasmus, no Brasil de novo após 11 anos! No último domingo, a banda finlandesa The Rasmus pousou em São Paulo pela primeira vez em quase 11 anos para a promoção do seu 9º álbum de estúdio, intitulado Dark Matters. Os integrantes Lauri Ylönen (vocalista) e Aki Hakala (baterista) concederam uma entrevista para o Porão da Música e contaram um pouco sobre o que os fãs devem esperar desse novo material. Eles também responderam curiosidades e deram esperanças para um show no Brasil em breve. Confira abaixo. Por: Juan Nascimento | 25.09.2017 PORÃO DA MÚSICA: A primeira pergunta, obviamente, é a respeito do seu novo álbum Dark Matters, que está vindo por aí. O que os fãs devem esperar desse novo material? LAURI: Até o momento nós já lançamos quatro músicas, com as quais nós mostramos um pouco do que é o álbum e suas diferentes faces. Nós temos estilos completamente diferentes nesse álbum, como Wonderman e Nothing, que são músicas muito diferentes, por exemplo. PDM: Eu tive a oportunidade de ouvir essas músicas e elas realmente soam diferente. Nós já sabemos que nesse álbum teremos diferentes tipos de músicas, românticas, pesadas... LAURI: Sim, há diferentes estilos e isso era algo que nós queríamos fazer em vez de fazer algo que soasse o mesmo. Nós pensamos: “vamos fazer essa música realmente pesada porque ela precisa ser assim”. São diferentes estilos, mas se eu tocar as músicas aqui com o violão agora, elas soarão bem parecidas. É a produção que é diferente de fato. PDM: Dark Matters soa como Dead Leters. Vocês resgataram algo do Dead Letters para esse novo álbum ou ele é totalmente diferente? LAURI: Há algo parecido entre eles, incluindo a capa do álbum, por exemplo. Há um sentimento forte. E nas músicas também há algumas similaridades, talvez porque ambas as gravações foram feitas na Suécia, no mesmo ambiente. PDM: Lauri, você se mudou para Los Angeles nos últimos anos. Como isso contribuiu para a criação das novas músicas? Lauri: Tem sido inspirador viver em um outro país por 3 anos. Eu estou acostumado a viajar bastante com a banda, estive em praticamente em todos os lugares do mundo, mas eu nunca tinha vivido em uma cidade diferente de Helsinque. Eu tinha um sonho de morar em outro país e em Los Angeles eu tenho vários amigos. Há pessoas da Finlândia que se mudaram para lá para fazer arte, filmes, coisas diferentes. É um ambiente inspirador e que te ajuda bastante. E é legal acordar com a luz do sol e ir surfar (risos). PDM: Há alguma música no novo álbum que é resultado dessa mudança em sua vida? LAURI: Isso pode ser ouvido em diferentes músicas. Paradise é uma delas com certeza. Eu comparo a Finlândia e os EUA, sobre como há diferença entre eles. E em outras músicas também, como Wonderman. Pauli estava comigo em Los Angeles e fomos a um posto de gasolina, e tinha algumas gangues tocando música bem alto lá. Isso refletiu na sonoridade da música. Pauli disse: “precisamos fazer algo assim”. Então fomos para casa e começamos a criar essa música, inspirada no posto de gasolina (risos). PDM: Paradise foi o primeiro single e ele entrou na parada de músicas virais do Spotify Brasil, o que foi inclusive uma surpresa para nós. Vocês alcançaram o que esperavam com essa música? Acho que todos amaram. LAURI: Bom, eu não sei dizer se ela se saiu bem. Eu só estou muito feliz porque parece que, mesmo após 5 anos após nosso último álbum ser lançado, nós ainda temos muitos fãs em todos os países. Como no Brasil, onde não estivemos por quase 11 anos e parece que as pessoas estavam nos esperando. Nós sentimos muito por não vir antes. Estivemos muito ocupados, mas agora estamos planejando uma turnê na América Latina em 2018, talvez em maio. PDM: E o que vem por aí? Novo clipe, novo álbum? Nos conte tudo! AKI: O próximo clipe será Wonderman, e será lançado na próxima semana. Está sendo finalizado neste momento na Finlândia. É parte de um filme chamado Rendel, então haverá bastante ação do clipe. PDM: Então será bem diferente dos outros clipes? Nós ainda estamos tocando no clipe, então não é tão diferente assim. Há uma história e também cenas em que estamos tocando. E também parece que teremos um clipe para a faixa Silver Night no futuro. Agora estamos promovendo o álbum. Ficaremos no Brasil por três dias, e daí vamos para Buenos Aires, Argentina. E em novembro nós começamos a turnê, primeiro na Europa e depois vamos ao Japão. No próximo ano vamos para a Rússia. Tentamos fazer o máximo de shows possível! PDM: Anos atrás vocês colaboraram com Anette Olzon e o resultado foi incrível. Temos álbum parceria planejada para essa nova era? Vocês gostariam de colaborar com algum artista ou banda? AKI: Nós estamos abertos para isso. No passado colaboramos também com HIM e Apocalyptica. PDM: E uma colaboração com algum artista brasileiro? Vocês conhecem algum artista ou banda do Brasil? Ou ao menos uma música? LAURI: acho que conhecemos samba. AKI: tinha um vídeo legal sobre isso. PDM: Vocês estão na estrada por mais de 20 anos e já viram muita coisa por aí, com certeza. Essa é uma pergunta de uma fã: qual foi a maior loucura que um fã já fez por vocês ou o presente mais constrangedor que receberam? LAURI: nós ganhamos essa garrafa de cachaça (risos). Nós recebemos muito presentes e é legal provar um pouco das peculiaridades de cada país. PDM: O que acham das pessoas que fazem tatuagens sobre vocês, sobre a banda? Vocês gostam? LAURI: nós já vimos bastante. Nós gostamos muito. PDM: Muitos fãs do Brasil disseram que ganharam um like de vocês nas redes sociais. Quem de vocês é quem está respondendo esses fãs na verdade? AKI: sou eu. Eu sou o mais conectado. Nós queremos fazer desse jeito, não queremos uma empresa fazendo isso para nós. Nós tiramos todas as fotos e tudo mais. E nós nos mantemos em contato com as pessoas desse modo. Estive em contato com o presidente do fã clube brasileiro, é uma forma de ficar perto dos fãs. Não queremos que pensem que há uma empresa por trás disso. O like é um gesto simples de mostrar que nós lemos, já que não conseguimos escrever para todos. PDM: Hoje preciso que vocês tenham consciência de que as músicas de vocês ajudam fãs a passar por diversos momentos pesados. Nós ouvimos de uma fã que ela tinha muitos problemas e a música Ten Black Roses a ajudou a superá-los. Gostaria de saber se vocês têm consciência de que a música de vocês impacta a vida das pessoas dessa forma. Que as pessoas não ouvem suas músicas apenas para se divertir, mas também como um suporte. LAURI: Isso é algo incrível de ouvir, pois ajudar alguém, encorajar alguém a seguir em frente é a maior conquista que você pode conseguir com sua música. Para mim, a música tem sido muito importante também em diferentes situações da minha vida. É muito importante que a música seja essa ferramenta poderosa. AKI: Ajudar as pessoas a passarem por momentos difíceis em suas vidas é uma grande honra. PDM: E a última pergunta, mas não menos importante, é se vocês têm algum show planejado para Brasil e América Latina no próximo ano, mas vocês já responderam isso. AKI: sim, nós esperamos vir. Após a sessão de entrevistas ontem, dia 24, a banda se encontrou com 80 fãs em um bar na capital paulista para uma sessão de autógrafos. O álbum Dark Matters também foi tocado com exclusividade para os fãs. Para o público geral, o álbum estará disponível no dia 6 de outubro e quatro músicas já podem ser ouvidas nas plataformas digitais, incluindo o primeiro single Paradise. Fonte: Porão da Música
Nosso querido vocalista Lauri Ylönen tem um recado para todos/as os/as fãs que querem comprar o novo álbum "Dark Matters" através de uma loja brasileira e com um preço especial!
LANÇAMENTO ESPECIAL DE "DARK MATTERS" COM ADESIVO EXCLUSIVO DO THE RASMUS SOLDIERS BRASIL* para quem pedir o álbum pela BLACK ROCK STORE**. Agora, mais do que nunca, é a hora de mostrar à banda o apoio dos fãs brasileiros comprando o NOVO ÁLBUM!! \o/ Mas atenção: corram que as cópias são LIMITADAS!!! E aproveitem, pois o preço está INCRÍVEL! LET'S GO, SOLDIERS!!!!!!!! *Cópias limitadas COM ADESIVO exclusivo apenas para MEMBROS CADASTRADOS no nosso fã clube! Cópias sem adesivo para o público em geral. **IMPORTANTE: Para quem for cadastrado no FC e comprar o CD pela Black Rock, pedimos a gentileza de enviar um e-mail para [email protected] informando nome completo, data da compra e número de inscrição no FC, com o assunto "Compra Dark Matters no Brasil" (para receber o CD com o adesivo). ➡️ Pré-venda pelo site da Black Rock, com ENVIO a partir de 30 DE OUTUBRO! ➡️ Todos os membros do FC que comprarem ganharão o adesivo e terão prioridade na entrega do CD! LEMBREM-SE: DIVULGUEM A VENDA DE DARK MATTERS PARA TODOS/AS OS/AS FÃS!!!!! |
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