Aqui está uma longa entrevista com Lauri nas páginas 8 e 9 da edição de maio da revista Metropoli, onde ele conta sobre sua vida, sua carreira, o The Rasmus e coisas da carreira solo. A tradução pode ser encontrada abaixo. Lauri Ylönen tem seu sucesso desde que começou como vocalista do The Rasmus, quando tinha 15 anos. Ele decidiu sair da escola porque ele queria dedicar-se totalmente à música, com a qual ele gastou até agora 17 anos. O Rasmus já cresceu rapidamente como favorito dos finlandeses, mas somente em 2003 lançou o álbum Dead Letters que trouxe para a banda um sucesso internacional. O cd incluiu também o hit In The Shadows. O disco é até agora o álbum finlandês que mais vendeu fora da Finlândia. The Rasmus reuniu uma série de prêmios durante sua carreira, conquistando, entre outros, algumas vezes o prêmio de melhor banda no Emma Gaala. Este ano, Lauri Ylönen lançou seu primeiro álbum solo, New World. A sonoridade do álbum mudou muito do estilo do The Rasmus, com um jeito mais eletrônico. O single Heavy já foi tocado em várias estações de rádio. Além disso, a carreira solo do artista parece ter um sucesso internacional, pois o álbum está sendo lançado em uma série de outros países também. O próximo single do álbum será In The City, para o qual Lauri esteve nos EUA para filmar um novo vídeo. Os primeiros passos na música "Eu nasci em Helsinki. Quando eu tinha 3 anos de idade nos mudamos para a periferia da cidade, em Suutarila, onde passei toda a minha infância. Comecei a tocar quando eu tinha 5 anos. Seguindo os passos da minha irmã mais velha, meus pais me forçaram a aprender piano. Não foi nada de especial, era parte normal da minha vida como escovar os dentes à noite. Eu me lembro quando todo mundo da escola primária tinha hobbies agradável como o futebol ou hóquei. Eu, entretanto, sou grato por ter sido 'obrigado' a me envolver com a música em uma idade tão precoce. Eu toquei piano inteiramente por cinco anos, depois eu mudei para o violão. Só agora comecei a ver o objetivo em aprender isso, pois com o violão você pode fazer grandes riffs e reproduzir músicas. Eu também tive um professor de violão muito inspirador, com quem nós tocamos todos os tipos de canções de rock em segredo. O violão foi um instrumento muito complexo que despertou o meu interesse na música. Durante esses momentos eu já fiz algumas músicas. Na escola primária eu também estava tocando bateria na banda do colégio, mas acabou logo. Cantar só veio à tona no ensino secundário. Alguém tinha que cantar e foi uma loteria para quem ia ficar no microfone. Quando eu ouvi pela primeira vez a minha voz no microfone parecia tão estranho, mas isso começou a crescer em mim. A própria voz é um instrumento de algum modo mais pessoal do que o violão ou bateria, que você pode comprar na loja. Eu tive todos os tipos de bandas a partir da escola primária, onde nós tocávamos principalmente canções covers. O Rasmus foi fundado na escola secundária e foi a única banda minha que eu tive durante a minha carreira. Todos os membros do Rasmus estavam na mesma escola e a coisa começou realmente a partir da amizade. Tocamos com Pauli e duas guitarras, e ensinávamos riffs de guitarra um ao outro. Eero estava comigo no mesmo grupo a partir do terceiro ano, e nós também tivemos o nosso baterista Janne Heiskanen. Nós apenas nos divertíamos na escola e na adega dos meus pais." O baterista da banda e mudança de nome "O Rasmus mudou o baterista duas vezes. A mudança de baterista aconteceu pela primeira vez já antes do primeiro álbum. Nos três primeiros álbuns Janne Heiskanen tocou, mas ele deixou a banda. Ele queria um pouco de férias e decidiu ir para a Tailândia por um longo tempo. Ficamos entretanto trabalhando duro e havia o brilho do sonho internacional pela frente. Férias não estava nos planos naquele momento. Precisávamos de paixão, que é o principal ponto de partida de uma banda. Tudo tinha que estar pronto a tempo. Foi alucinante, eu dei tudo para poder tocar, ainda deixei a escola por causa da banda. Houve no entanto um bom rapaz ao redor, Aki Hakala, que estava envolvido na banda após o ano do milênio. Ele era conhecido antes, Aki era o nosso cara do merchandise na turnê. Ele já tinha alguma experiência em turnê e nós sabíamos que podíamos contar com ele. Então foi realmente uma escolha fácil. Por essa época também terminou o contrato com a Warner e fomos para a sueca Playground Music. Mudamos o nome com um 'The', porque havia um DJ que já utilizava este nome. Parte de nossos fãs foram a um show dele em Londres, e por causa de toda essa bagunça optamos pela mudança". Popularidade veio como surpresa "In The Shadows recebeu popularidade, estava difícil de perceber no começo e só depois eu pude lidar com ela tornando-se um grande sucesso. A música tocou em lugares diferentes, como em Taiwan e Nova Zelândia. No entanto estivemos em um único país até este momento. Primeiro, lançamos na Finlândia, e depois na Suécia, Noruega e Dinamarca. E então a coisa continuou por si só. A promoção foi feita na Alemanha, Inglaterra e também nos EUA. Até agora, temos estado em muitos lugares com a banda. Nós contamos que, de países, foram mais de 50. Temos viajado ao longo do globo por todos os lugares, dos Estados Unidos a Índia, e até mesmo nos lugares mais remotos da Rússia. The Rasmus no entanto ainda não esteve na Austrália. Por outro lado, nem mesmo eu estive lá ainda. A vida e a cultura lá parecem ser fascinantes." Participações Antes do projeto solo, a voz de Lauri Ylönen podia ser ouvida em Life Burns e Bittersweet do Apocalyptica, e também em Chillin' At The Grotto do Kwan. "Eu me acostumei, com relutância, com outras canções. Eu realmente não pertenço a um grupo que facilmente pode realizar outros projetos. Eu tentei manter minha concentração na minha própria banda e tirar o melhor dela. Agora eu tento talvez mudar a mim mesmo nela também. Quanto mais o The Rasmus cresceu, mais sério e perigoso me transformei dentro dele. Eu tento com o meu trabalho solo ir um pouco mais leve e talvez com um pouco mais de humor também. Nem sempre tem que ser tão sério. A vida é aparentemente mais fácil se você fizer isso você mesmo." Projeto solo foi libertador "Trabalhar como um artista solo foi libertador e começou a partir da idéia do momento. Não há tantas expectativas nele do que com o The Rasmus. Apesar de eu ter feito isso muito grande, ainda parece algo muito pequeno, mais perto do chão, como um coisa de banda de 'adega'. Foi uma mudança muito bem-vinda. Durante esse tempo eu ouvi mais música eletrônica, bandas como Daft Punk e Prodigy. Eu fiquei um pouco cansado da distorção das guitarras e tudo aquilo que pertencia ao rock. Eu queria experimentar algo novo que eu não tinha feito até agora e não sabia muito sobre. Brincar com a música eletrônica e os botões causou momentos surpreendentes e alguns desafios, o que também deu nova energia. Eu não estou mais engessado. Eu tive a idéia da música por muito tempo, que seria bom ouvir algo enquanto estivesse dirigindo durante a noite. Fui me encontrar com Pauli em Cingapura para contar sobre a idéia que tínhamos para trabalhar mais tarde. Algumas destas coisas solo são realmente difíceis. Fizemos inteiramente em sintetizador e computador, o que era muito difícil de realizar com uma banda de rock. E isso teria matado todas as nossas visões. A carreira do The Rasmus continuará sem ser perturbada por minha carreira solo. Apenas na parte da manhã eu me encontrei com Aki e nós concordamos que, no verão, começaremos a fazer novas músicas para o The Rasmus. Para o lançamento do novo álbum não há nenhuma programação ainda, em primeiro lugar temos de ter boas músicas no bolso." Abordagem artística "A realização de uma canção é sempre um processo misto. Fazendo o projeto solo eu tinha apenas pequenas ideias. Eu não tentei fazer canções inteiras que têm uma grande história por trás. Deixaram de tomar as palavras-chave e os elementos construídos em torno delas. Eu consegui, por conseguinte, torná-la mais artística, ainda no making of, que foi realmente muito divertido. Eu tentei fazer também um material mais minimalista, onde há espaço para respirar. As canções não têm que explodir, só têm que ser um bom trabalho. A realização de canções pop, no entanto, já está em minhas veias. Com o The Rasmus nós sempre tentamos fazer músicas que são trabalhadas, grandes. A banda já tem 7 álbuns e de alguma forma parece que todas as idéias terminaram. Foi revigorante fazer algo novo, com novos métodos. O material solo será continuado depois. Foi bom quando esclarecemos que manteremos o poprock do The Rasmus e eu venho demonstrar o meu lado artístico em um projeto solo. Foi um pouco amargo a minha mudança para o projeto solo. Com certeza vou fazer um segundo álbum solo e já tenho algumas ideias prontas." Shows "Durante o verão eu tenho alguns festivais na Finlândia, que podem ser seguidos por uma turnê de pequeno porte. E então nós continuaremos com ela fora da Finlândia e faremos uma espécie de turnê pela Europa. Dez a quinze países, pelo menos, nos informaram que querer lançar o álbum, mas somente em algum momento no outono. New World foi feito através da minha própria gravadora, o que trouxe mais alguns desafios. Em apresentações ao vivo vão juntar-se mais dois caras. Ilkka Hämäläinen, que é DJ e também tocou saxofone em shows anteriores do Rasmus. Antti Eräkangas tocava guitarra no Kwan. Ele também é uma pessoa de estúdio muito especial e fez o álbum comigo. Em shows certamente virá algo engraçado também, e podem haver convidados que vão dar ao som algo mais visual. Cantores podem muito bem vir ao palco. Além disso as músicas vão soar muito mais diferentes do que no álbum. Todos ao vivo, eles ainda estão em construção, nós já começamos os ensaios. Para as apresentações temos duas gaiolas de ferro enormes, mas com certeza são de 200 kg, e o deslocamento delas é muito difícil. Vamos ver até onde eles se encaixam. A parte visual do material solo é com certeza mais diferente do que com o The Rasmus. Eu realmente não pulo no palco, mas fico mais estático. Com certeza também alguns espectáculos de luz vão ser parte de cada performance." Prometido remixes das músicas "A partir das novas músicas é fácil fazer uma versão que se ajuste à natureza do projeto. Quando as músicas do Rasmus precisavam ser remixadas elas facilmente se tornavam estranhas. A partir do material solo isso funciona bem. Eles podem ser um pouco mais brilhantes e experimentais, não há necessidade que soe como o original." Videoclipes "Eu estava filmando em Las Vegas e Los Angeles para a música In The City. Foi uma viagem muito engraçada. Eu sou o responsável pelas ideias e conteúdos dos vídeos de In The City e Heavy. O próximo vídeo é na verdade uma continuação do vídeo anterior, e as aventuras do boneco Amanda agora continuam nos EUA. Tentamos obter uma sensação irreal para ele. Eu realmente não posso dizer a data exata do lançamento do vídeo. Quando tivermos ele pronto, então ele vai ser lançado talvez no final de maio, início de junho." A paternidade muda o mundo dos pensamentos "Ser pai mudou-me muito. Eu tenho um grande pai e eu gostaria de oferecer esta oportunidade também para meu filho. Significa apenas que eu não posso viver de forma tão egoísta como eu fiz nos últimos 30 anos. Envelhecer é no bom sentido, porque eu tenho o suficiente para ver a vida. Depois de ter uma criança senti naturalmente que deveria levar tudo de uma forma mais descontraída. É incrível que eu tenho um cara pequeno que está apenas começando a experimentar o mundo. Além disso meus olhos abriram-se para muitas coisas, por outro ângulo. Pode-se observar as pequenas coisas e pode valorizá-las, mais do que aquelas que eu sempre tive como certas. Algumas pessoas fazem um grande negócio para ter dinheiro. Se você fizer um monte de trabalho, você é normalmente bem pago. Agora eu tenho tido alguns anos bem relaxado e só brinco com o meu filho. Realmente, os rendimentos só baixaram para um nível mais normal (mais perto do salário normal das pessoas). Eu não estava feliz, apesar de eu ter trabalhado cerca de 20 horas por dia, mesmo tendo dinheiro por causa isso. Eu gostei muito mais da vida familiar, para a qual não há pagamento. Todos os tipos de fases da vida vêm e vão, e nisso há o prazer de testemunhá-los. " Penas como uma marca registrada "Eu realmente não sei por que tão cedo comecei a colocar as penas no meu cabelo. Usei algumas vezes penas brancas quando eu tinha o cabelo loiro. Deve haver alguma coisa d liberdade simbólica nisso. Recebo penas em cartas de todas as partes do mundo. Outro cara britânico registrou uma estrela para mim mesmo, que é provavelmente um dos presentes mais estranhos que eu já recebi. Então, em algum lugar do universo há uma estrela que chama-se Lauri Ylönen." Novas incursões Após o lançamento de um álbum solo, devemos nos perguntar sobre o que mais podemos obter da fábrica de idéias de Lauri Ylönen. "Eu sempre faço as coisas plenamente, por isso não tenho a capacidade de atrapalhar várias outras coisas. Então eu não posso fazer as coisas parar no meu bolso. Foi muito trabalhoso quando fiz tudo para o álbum por mim mesmo. Eu não posso lidar com isso mais." Planos para o futuro? "Eu estava pensando em começar a temporada com um churrasco e ter um verão de sol, nadar muito no mar quando a água é adequada para natação." Palavras para os leitores "Mantenha-o irreal!" - Tradução: Misael Beskow Fonte: Ghost Of Love
Postado por Misael Beskow, em 22 de maio de 2011
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