Há alguns dias, Lauri concedeu uma entrevista para a revista britânica de música Soundsphere, onde ele falou um pouco mais sobre a nova formação do The Rasmus, a tentativa da banda de entrar no Eurovision e sobre qual o legado que ele gostaria de deixar como artista. Abaixo vocês conferem um resumo transcrito da entrevista e, no final do post, o vídeo da mesma ;D O vocalista do The Rasmus fala sobre a nova integrante da banda e da participação no festival Eurovision. SOUNDSPHERE: Cara, estou muito grato por saber que vocês estão na seletiva para o Eurovision e por saber que as coisas estão bem com vocês a respeito da transição da banda. Como você se sente sobre isso e conta um pouco sobre as datas que estão chegando em outubro no Reino Unido. LAURI: Sim, finalmente depois de lutar contra a Covid por alguns anos, sabe... alguma coisa está rolando. Nos deixa realmente felizes e ansiosos, porque tem sido difícil pra todo mundo. Especialmente para os músicos. Não há chances de tocar ao vivo, você não consegue ser criativo, ver os fãs e talvez esse seja o motivo de nos juntarmos ao UMK e entrar no Eurovision. Nós queríamos desafios, queríamos sentir que estávamos fazendo algo, indo a algum lugar. S: Claro! E como está o trabalho com Jezebel? Porque, quando se trabalha com Desmond Child, é um grande desafio, sabe. Como foi trabalhar com essa música e conseguir fazer um hit? L: Sim, verão passado eu tive essa ideia e achei que devíamos tentar entrar no Eurovision, daí liguei pro meu amigo Desmond Child, o cara por trás dos hits do Bon Jovi “Living on a prayer”, “You give love a bad name”, do Kiss “I was made for loving you” e do Alice Cooper “Poisoned”, e infinitos outros hits. Mandei uma mensagem pra ele dizendo: “Cara, preciso da sua ajuda, preciso escrever a melhor música do mundo pra ganhar o Eurovision”. E ele disse: “Claro, vamos fazer”. Então ele me convidou para ir à Grécia, onde ele estava passando as férias. No dia seguinte peguei o voo do Havaí e voei 35 horas pra chegar na Grécia, naquela pequena e remota ilha chamada Folegandros e nós escrevemos a música juntos em apenas algumas horas. Foi incrível. É um dos melhores, sabe. Sou honrado em conhecê-lo. S: Claro! Vamos cruzar os dedos, é um momento de muita emoção pra vocês, mas eu tenho que perguntar de novo porque você tem passado por muita coisa na sua carreira, você tem feito muita coisa com a banda e com essa mudança na formação. O que você pode dizer que mudou e desenvolveu, não apenas como músico, mas como pessoa? Você tem passado poucas e boas... L: É como uma linha do tempo. Trabalho, a gente começou, acho que 28 anos atrás, bem quando eu nasci (risos). Eu sinto que é assim desde sempre, mas nós fomos capazes de mudar o nosso estilo, experimentado coisas diferentes durante o caminho no qual lançamos estes 9 álbuns e eu acho que todos são diferentes uns dos outros, e novamente temos uma nova integrante, uma nova guitarrista, temos uma garota na banda e isso é fantástico. Ela é uma ótima guitarrista, tem uma grande personalidade e nós estamos muito felizes com ela e isso leva nossa banda a outro nível. É realmente muito talentosa. A gente tem se divertido muito juntos e agora temos um desafio a frente que é ganhar o Eurovision, sabe, é uma coisa importante, é ótimo porque nós temos algo para conquistarmos juntos. É muito importante, temos que crescer juntos durante essa trajetória. S: Que incrível! Uma coisa que quero perguntar também: é obvio que você teve muito sucesso na sua época, financeiramente e tudo mais, e queria te perguntar porque nós trabalhamos com muita gente que luta com a definição de sucesso. Qual é a motivação pra encontrar o sucesso? As pessoas dizem que nunca serão como o Lauri, que nunca serão como o TR e que nunca terão sucesso. Como você define o sucesso? L: Eu penso muito sobre isso, quero dizer, tem diferentes maneiras de mensurar, você nem deveria medir isso, mas como agora, tivemos um intervalo enorme da música. Eu percebi o quão sortudo em ter este tipo de “emprego“ e fazer disso meu ganha pão. Ao mesmo tempo eu tenho minha vida particular, eu tenho filhos, é como estar feliz e isso é o certo. É a chave da felicidade. S: Felicidade, claro! E falando sobre isso, que tipo de coisas fora da música te inspiram? Você se levanta da cama um dia, e sabe... Quero dizer, o Havaí é um lugar lindo então eu imagino que não há muitas vezes em que você acorda e se sente para baixo. Mas se você se sentir desmotivado, que coisas na vida te motivam? Seus filhos, artes, um filme... o que te motiva fora da música? L: Tenho que te dizer que o Havaí é lindo, a vibe é diferente, eles falam de surf o tempo todo, eu tenho dificuldades pra me inspirar para o TR por lá. Então eu decidi trabalhar à noite. Na verdade, eu ia dormir muito cedo e acordava às 3:30 da manhã e às 4 estava escuro e misterioso, sabe. Eu andava pela minha sala e começava a compor. Porque o Havaí é muito ensolarado e vibrante para compor para o TR. S: É uma vibe diferente, eu sei como é. É adorável, mas você tem que estar em um determinado lugar. Precisa de um clima sombrio, que legal. Sobre o Reino Unido, você tem alguma lembrança favorita? L: A primeira apresentação deve ter sido em meados dos anos 90. Tocamos em uma casa chamada Orange. Deve ter sido a menor casa que já tocamos como banda de abertura para uma banda cover do Oasis e a gente vem apoiando eles. Acho que tinha umas 35 pessoas assistindo. Mas nós ficamos, tipo, YEAHH! Nós conquistamos Londres. Nós praticamente pagamos para tocar lá e não ganhamos nenhum cachê. Isso foi o início. Mas antes disso costumávamos ir a Londres com nossos amigos durante o verão. Sentávamos no Hyde Park, tocávamos, dávamos um rolê e bebíamos cerveja. Era bem legal! Acho que eu tinha uns 17 ou 18 anos, estava começando a amadurecer e ganhando experiência. Isso sempre vou guardar de lembrança. S: Qual é a grande lição que você aprendeu e que dica você daria a você mesmo para ter uma carreira próspera ou uma vida próspera? L: Bom, eu sempre dou umas arriscadas. Eu parei de estudar por causa da banda um tempo atrás e não terminei. Eu pensei que pudesse voltar mais tarde mas a banda deu certo. Então eu estava encaminhado. Tudo o que eu fiz foi contra o que os meus pais queriam que eu fizesse. Mas sabe, eu fui bem longe. E agora falando sobre a nova canção “Jezebel”, é sobre uma menina ou uma pessoa que faz as coisas do jeito dela, não dando a mínima para o que os outros pensam, ela tem o espirito livre, e isso é totalmente relacionado a mim mesmo. Posso encontrar uma Jezebel dentro de mim; é como um tributo a todas as pessoas corajosas. S: Muita gente tem apoiado o TR ao longo dos anos, vocês tem feito muita gente feliz e tem sido a trilha sonora da vida de muita gente. Qual mensagem gostaria de deixar para todos que te apoiam durante sua carreira, dede o começo até este ponto? L: É maravilhoso agora que lançamos a música ontem (dia 17/01), começamos a receber todos estes comentários de todo o mundo. Algumas pessoas especialmente na Finlândia tem nos seguido desde o começo. Tocamos nosso primeiro show em 94 e as pessoas dizem: “Eu ainda lembro de quando você usava um chapéu de ursinho e tinha aquele cabelo amarelo”. Para um monte de gente é nostálgico, mas para as novas que acabaram de nos descobrir, elas perguntam: ”Por onde vocês andaram?” e eu digo que nós estávamos bem aqui. Aconteceu algumas vezes mas é uma grande oportunidade de alcançarmos o mundo de novo. Estamos cheios de energia e a gente sente que é um recomeço para o TR. S: Absolutamente, eu posso sentir a energia, a positividade. É incrível! Algumas pessoas não gostam dessa palavra, mas como você gostaria que seu legado fosse? Como gostaria de ser lembrado como músico, artista ou pessoa? Porque, de novo, você tem muita coisa com o TR e é uma ligação emocional muito grande com os fãs e com as pessoas que te apoiaram. L: Eu tenho que enfatizar que você tem que ser o que você é. Assim, olhe para mim. Eu uso penas no meu cabelo. E ando assim nas ruas e me orgulho disso. Apenas seja você mesmo. Esta é a mensagem que eu tenho a dizer pra todos. Só se divirta. A vida não é tão séria. S: Claro, claro. Apenas pra terminar. Fale um pouco sobre a nova música ou algo a mais que queira divulgar. Estamos fazendo a cobertura das datas do Reino Unido. L: Bem, deem uma olhada no vídeo que lançamos ontem, Jezebel. Se tudo der certo para as finais do Eurovision, votem no TR, claro! S: Claro, claro. Obrigado pelo seu tempo, Lauri. Eu adorei. L: Obrigado.
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